Por Kamila Alcantra – Jornal O Estado de MS
Há quase 70 anos o tabaco passou a ser identificado como fator de risco para várias doenças, sendo oficializado o PNCT (Programa Nacional de Controle do Tabagismo) em 1986 no Brasil. Mesmo com todo trabalho de conscientização, Campo Grande é a capital brasileira com mais fumantes no país, com 14,5% da população adulta, conforme Pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde.
O estudo apontou que os homens lideram a lista com 22,2% na Capital; já as mulheres aparecem com uma porcentagem de 13%. Apesar de toda a informação e campanha sobre os malefícios do cigarro, pesquisas recentes do Laboratório Oswaldo Cruz indicam que no Brasil cerca de 11% da população é de fumantes.
Doenças relacionadas ao fumo matam mais de 5 milhões de pessoas no mundo, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). No Brasil, o tabagismo é responsável por cerca de 200 mil mortes por ano.
A expectativa é de que uma pessoa de 30 anos, que começou a fumar aos 18 uma média de dez cigarros por dia, já gastou cerca de R$ 19 mil com o vício nesse tempo. Para quem deseja largar o cigarro, Campo Grande possui 23 pontos de apoio e todos são gratuitos.
Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o atendimento à população que deseja parar de fumar inclui avaliação clínica, abordagem intensiva individual ou em grupo. Caso necessário, é oferecida terapia medicamentosa por meio de adesivo transdérmico e cloridrato de bupropiona, que são considerados medicamentos de primeira linha.
O tratamento consiste em sessões individuais ou em grupo, entre 10 e 15 participantes, com a duração média entre 60 e 90 minutos, coordenados por profissionais de saúde, por uma equipe de profissionais ou apenas um profissional, com duração de 12 meses.
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