Campo Grande tem deflação pelo segundo mês seguido

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Foto: José Cruz/Agência Brasil
Queda foi influenciada pelos preços dos combustíveis, aponta IBGE

Por Marina Romualdo – Jornal O Esatdo do MS

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) teve queda de -0,39%, sendo 0,56 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de -0,95%, registrada no mês anterior, em Campo Grande. Este é o segundo mês consecutivo de deflação. Os dados foram divulgados ontem (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 8,73%, já no ano chega a 4,24%. A pesquisa analisa nove grupos de produtos e serviços na Capital e sete tiveram alta de preços no mês passado.

O grupo de transportes foi o principal responsável pela deflação (-3,99%). O número foi influenciado pela queda nos combustíveis (-11,07%). A gasolina registrou -11,59% (impacto de -0,92 p.p.), o etanol, -9,3% (-0,03 p.p.) e o óleo diesel, -2,38, (-0,01 p.p. de impacto).

Depois da onda de aumentos que se iniciou em junho de 2020, que gerou acúmulos de 7,76% naquele ano e 42,53% em 2021. No acumulado de 2022, os combustíveis registram queda de 18,78%. Nos últimos 12 meses, foi registrado um total de -9,07%.

O maior impacto positivo (0,07 p.p.) veio do item veículo próprio (0,55%). No entanto, o maior aumento do grupo foi registrado no subitem táxi (10,11%), seguido de transporte por aplicativo (10,09% e impacto de 0,03 p.p.).

Ainda em transportes, destacam-se as passagens aéreas, subitem que caiu 15,13%, com impacto de -0,04 p.p.

Alimentação

Em alimentação e bebidas o índice ficou em 0,44%. Os itens que tiveram alta de preço foram a cebola (9,06%), a banana-d’água (8,04%), queijo (6,08%), frango inteiro (4,72%) e panificados (1,76%).

Em contrapartida, houve queda em itens importantes na mesa do brasileiro, como a batata-inglesa (-11,78%), tomate (-10,72%), feijão carioca (-7,45%), carnes (-0,77%) e o óleo de soja (-0,46%).

Outro produto importante do grupo de alimentação e bebidas é o leite longa vida, que ficou praticamente estável (0,12%), em agosto. O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, afirma que, nos últimos meses, os preços do leite subiram muito.

“Como estamos chegando ao fim do período de entressafra, que deve seguir até setembro ou outubro, isso pode melhorar a situação. Mas no mês anterior, a alta do leite foi de 17,12% em Campo Grande, ou seja, os preços estagnaram em agosto, mas ainda seguem altos”, explica o gerente.

Outros grupos

A maior variação positiva mensal foi no vestuário com 1,39%, sendo 0,07 p.p. de impacto. Na sequência vieram os grupos saúde e cuidados pessoais (1,27% e 0,16 p.p. de impacto), educação (1,00% e 0,04 p.p. de impacto) e habitação (0,71% e 0,11 p.p. de impacto).

E ainda artigos de residência (0,53%) e despesas pessoais (0,46%). O grupo de comunicação teve queda de 0,68, com impacto de -0,03 p.p.

Veja também: Produção de veículos cresce 8,7% em agosto

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