Campo Grande registra 1º caso confirmado de Monkeypox em 2023

Monkeypox varíola dos macacos
Imagem: Reprodução/Divulgação

Campo Grande confirmou o primeiro caso o de Monkeypox, (Varíola dos Macacos) de 2023. O paciente, um homem de 33 anos, está em isolamento domiciliar com acompanhamento médico. A confirmações foi divulgada ontem (30), pela SES (Secretaria de Estado de Saúde).

No primeiro mês do ano, Mato Grosso do Sul registrou 14 casos prováveis da doença, desses, dez foram descartados e quatro aguardam o resultados do exames.

A Mpox é uma doença ocasionada pelo vírus Monkeypox, apesar de ser conhecido como “varíola dos macacos”, trata-se de um vírus que infecta roedores na África, os primatas são provavelmente hospedeiros acidentais, assim como o ser humano. Até maio de 2022, todos os surtos da Mpox estavam restritos ao continente Africano, porém a doença se espalhou pelo mundo e atualmente apresenta transmissão comunitária inter humana em vários países, inclusive no Brasil. 

Panorama da Monkeypox em MS

Desde o surgimento da doença, Mato Grosso do Sul contabiliza 161 casos confirmados. Entre as cidades que confirmaram casos da doença estão: Campo Grande (121) Dourados (16), Itaquiraí (1), Aparecida do Taboado (1), Costa Rica (2), Aquidauana (4), Ponta Porã (3), Três Lagoas (5), Maracaju (2), Jardim (1), Chapadão do Sul (1), Miranda (1), Sidrolândia (1), Paranaíba (1) e Bonito (1).

Os dados do boletim epidemiológico da SES apontam que 88% dos casos foram registrados em pessoas do sexo masculino na faixa etária entre 24 a 48 anos, o percentual de pessoas do sexo feminino acometidas pela doença corresponde a 12% do total de casos confirmados em MS.

Entre os principais sintomas apresentados pelos pacientes, 84,9% tiveram feridas na pele, 59,6% febre súbita, 45,8% aumento dos linfonodos do pescoço (adenomegalia), 41,6% dor de cabeça (cefaleia), e 53% relataram lesão genital.

Monkeypox

Foto: Divulgação/SES

Transmissão

A varíola dos macacos é transmitida pelo contato com a pessoa infectada, o vírus pode entrar no corpo pelo sistema respiratório, olhos, nariz, boca ou por lesões na pele. Apesar disso, a doença não se espalha facilmente.

Sintomas

Os sintomas se manifestam entre 5 e 21 dias e incluem febre alta e de início súbito, dor de cabeça e garganta, erupções cutâneas que começam no rosto e se espalham pelo corpo podendo deixar cicatrizes visíveis na pele dos pacientes e inchaço dos gânglios nas regiões cervical, axilar e pélvica.

A coceira persistente e dolorida é outro sintoma e passa por diferentes estágios, podendo parecer catapora ou sífilis, até formar uma crosta.

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) esclarece que assim que os sintomas são identificados, o paciente suspeito entra em isolamento total, podendo ser domiciliar, e só recebe alta após a cicatrização total de todas as feridas. O procedimento foi aplicado em todos os casos confirmados em Campo Grande.

Prevenção

Para prevenir o contágio, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda o uso de máscaras, distanciamento social, higienização das mãos, e evitar o compartilhamento de itens pessoais, como lençóis, talheres, toalhas e roupas, medidas que também auxiliam na proteção contra a Covid-19.

Apesar de não ser considerada uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), a OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um alerta para que homens que se relacionam sexualmente com outros homens reduzam o número de parceiros. A medida foi aconselhada após ser identificado que grande parte dos casos notificados de varíola dos macacos são de homens gays ou bissexuais.

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