A Deputada Federal Camila Jara vai representar o Estado na COP 28 – a 28ª Conferência de Mudanças Climáticas da ONU (Organização das Nações Unidas), que acontece em Dubai de 30 de novembro a 12 de dezembro. O objetivo é ressaltar o Cerrado, Pantanal e a importância da sua preservação para o mundo.
Neste ano, a União Europeia divulgou sua intenção de realizar uma contribuição financeira considerável para um novo fundo internacional voltado para enfrentar os impactos da destruição causada pelas mudanças climáticas. Essa iniciativa pode trazer benefícios para o Pantanal, que enfrenta desafios relacionados a incêndios.
Segundo a deputada Camila Jara, por sempre falar só da Amazônia, nós (Brasil), perdemos muitas oportunidades de conseguir recursos para projetos de conservação para outros biomas, como o Pantanal.
“Perdemos muitos ativos econômicos e sociais, porque tem projetos de desenvolvimento sociais por não pautar outros biomas, para além da Amazônia, nessas conferências. Então conseguimos, pela primeira vez, ter um painel em que vamos discutir o Pantanal, mostrar os nossos ativos, apresentar o Pantanal para o mundo. E, a partir disso, pensar em conjunto com o Governo do Estado, projetos para que a gente consiga desenvolver tudo que a gente tenha na região, mas mantendo nosso meio ambiente. Como manter a floresta em pé e ter geração de renda a partir da floresta em pé”, defende.
Lei do Pantanal
A parlamentar assegurou o compromisso do presidente da Casa, Arthur Lira (PP), em promulgar uma legislação federal específica para o Pantanal até o ano de 2024. No entanto, a efetivação desse projeto está condicionada à instituição da Lei do Pantanal pelo Governo de Mato Grosso do Sul.
Camila Jara acrescentou que a legislação aprovada será cuidadosamente analisada, visando aproveitar aspectos benéficos tanto para Mato Grosso do Sul quanto para Mato Grosso, estados que abrangem o bioma pantaneiro.
Além disso, a parlamentar informou que está em diálogo com a deputada paraguaia Johanna Ortega para discutir as necessidades de preservação do Pantanal no país vizinho. Ela assegurou que essas iniciativas contam com o compromisso de Arthur Lira de ter uma Lei do Pantanal aprovada até o final do seu mandato.
COP 28
A COP 28 (28ª Conferência de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas) ocorrerá entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A conferência reúne todos os países-membros da ONU para debater estratégias para conter o aquecimento global – cujo máximo aceitável, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), é de 1,5ºC até 2050, em relação às temperaturas registradas na era pré-industrial.
A proposta é discutir os desafios impostos pelas mudanças do clima e o setor agropecuário tem papel relevante neste momento de transição. A preocupação decorre do fato de que a produção agrícola e pecuária, via de regra, demanda grande quantidade de água e de energia e, em muitos casos, é responsável pela degradação do solo e emissões de gases de efeito estufa (GEE), especialmente o metano. Mas, no Brasil, o cenário é bem mais favorável e, justamente por isso, o país deve ficar em evidência, na COP 28.
O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o que é essencial para garantir a segurança alimentar. Mas, somente produzir não basta, é necessário investir em técnicas de produção que não agridam o meio ambiente e que contribuam para a preservação dos recursos naturais. Neste sentido, o setor do agro nacional vem adotando práticas cada vez mais sustentáveis.
Com informações de Daniela Lacerda.
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