O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje (3) que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, estuda rebaixar para endemia o status da COVID-19 no Brasil. O anúncio foi feito por meio de uma publicação em sua conta oficial no Twitter.
Em nota, o Ministério da Saúde confirmou que já está adotando as medidas necessárias para reclassificar o status da COVID-19 no Brasil. “[Queiroga] avalia a medida, em conjunto com outros ministérios e órgãos competentes, levando em conta o cenário epidemiológico e o comportamento do vírus no país”, declarou o órgão.
– Em virtude da melhora do cenário epidemiológico e de acordo com o § 2° do Art. 1° da Lei 13.979/2020, o @minsaude , @mqueiroga2 , estuda rebaixar para ENDEMIA a atual situação da COVID-19 no Brasil. pic.twitter.com/SUJraTuehQ
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 3, 2022
Diferenças
Desde março de 2020, a OMS (Organização Mundial de Saúde) classifica o surto sanitário de COVID-19 como uma pandemia, de caráter mais sério e abrangente. Já o termo endemia é usado nos casos de doenças recorrentes, típicas, que são frequentes em uma determinada região, mas para as quais já há uma resposta efetiva à população por parte da rede de saúde.
Uma enfermidade pode começar como um surto ou epidemia e se torna uma pandemia quando atinge níveis mundiais, ou seja, quando determinado agente se dissemina em diversos países ou continentes, usualmente afetando um grande número de pessoas.
Se confirmada a reclassificação no Brasil, a medida vai de encontro às orientações da OMS, órgão que define quando uma doença se torna uma ameaça global e que ainda classifica a COVID-19 como pandemia.
Se passar a ser tratada como endemia, a COVID -19 deixará de ser uma emergência de saúde e, assim, restrições como uso de máscaras, proibição de aglomerações e exigência do passaporte vacinal, além de realização compulsória de exames médicos, por exemplo, podem deixar de ser obrigatórias.
Especialistas ouvidos pela Folhapress ainda têm dúvidas se o Brasil está preparado para esses feitos.
Com informações da Agência Brasil.