Bombeiro do remake de “Pantanal” foi até jogado na água por Juliana Paes: “Virei noveleiro a partir dali”

Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

O jovem Nathanael Abelardo da Silva, de 22 anos, não era nem nascido quando a primeira versão – e original – da novela “Pantanal” foi exibida pela TV Manchete no início dos anos 90. Mas isso não o impediu de vivê-la de uma maneira intensa por exatos 108 dias, porém com um intervalo de 32 anos. Bombeiro civil de profissão, ele teve a “sorte” que poucos tiveram no ano passado: no berço do bioma pantaneiro, estar pertinho das gravações do remake que será lançado hoje (28), ao lado de tantos atores de sucesso.

Entre eles nada mais, nada menos, que Juliana Paes, que viverá Maria no novo folhetim – mãe da protagonista Juma Marruá (Alanis Guillen) – e “onça” nas horas vagas (quem aí se lembra?). E foi por essa fluminense de 43 anos que Nathan teve mais uma dessas “sortes”: ser empurrado por ela em direção às águas de um corgo pantaneiro. Mas calma! Tudo isso estava escrito no roteiro.

“Enquanto salva-vidas, tinha que entrar na água mesmo, fazer varredura do local, espantar jacaré, ariranha, ver se estava tudo certo antes de qualquer filmagem. Nessa ocasião específica, servi de ‘teste’ para que Juliana soubesse exatamente o que fazer na cena que iria gravar na sequência. Fui abençoado!”, brinca o bombeiro. Veja no vídeo abaixo:

 

De fato foi. Indicado por um colega de profissão, Nathan acabou participando da equipe de brigadistas e outros profissionais de segurança que integravam o “elenco” do remake. Na Nhecolândia, a 358 quilômetros de Campo Grande, o jovem estava longe de casa, mas de peito aberto para viver aquela experiência como nunca. E, segundo ele, “foi uma delícia sair da cidade grande para o mato pantaneiro”.

Mas não só o causo de Juliana Paes esse sul-mato-grossense tem de história guardada no bolso. “Enrique Diaz, o Gil da novela e pai de Juma Marruá, me deu uma bela zoada um dia. Maior honra!”, diz o tiete do ator. Parodiando a cena de “O Auto da Compadecida”, quando Enrique viveu o cangaceiro que matou “seguindo ordens” o bispo e o padre do filme, o bombeiro ficou marcado na seguinte frase: “não gosto de matar Nathanael, não, mas patrãozinho mandou”, gozou Enrique ao dar de cara com o jovem.

Nathan era responsável por todas as cenas dentro d’água. E olhas que foram muitas. Foto: Arquivo Pessoal

Registro do bombeiro civil carregando com as mãos jacaré no meio do Pantanal de MS. Foto: Arquivo Pessoal

Com a experiência, o jovem fez amizades com outros profissinais de prontidão. Foto: Arquivo Pessoal

Experiências que em 3 meses e meio também viraram um script de novela para o salva-vidas. Porém um folhetim da vida real. “Foi demais estar com o pessoal. Todo mundo super profissional, maior clima de união, de amizade. Mas confesso que no final tive um grande alívio em terminar o trabalho sem que ninguém tenha se acidentado”, assume.

Nathan ficou hospedado em umas das propriedades rurais utilizadas como set de filmagens na região, a Fazenda Vera Lucia, no “meião” do Pantanal sul-mato-grossense. De natureza, teve muito bicho e horizontes inesquecíveis; de lazer; teve almoço, janta e farra com fogueira a lenha; de “popstar”, teve muita foto, vídeo e Stories com várias figurinhas carimbadas da telinha.

Selfies de Nathan com Juliana Paes (esquerda), Marcos Palmeira (centro) e Almir Sater (direita). Foto: Arquivo Pessoal

 

“Se eu pudesse, voltaria no tempo só para viver tudo novamente”

O jovem bombeiro entrou na rotina não só no cronograma de filmagens, mas também em testagens permanentes para o vírus da COVID-19 – “pelo menos duas vezes na semana”, conta – e curtindo ao lado de tanto famoso como é que funcionada a máquina de produção novelística dessa emissora brasileira. Ainda, estando presencialmente no berço da maior planícia alagável do mundo, pode fazer uma reflexão.

“Senti como era viver em tempos anteriores. Parece que o simples fazia parte da nossa felicidade. É o que o sul-mato-grossense raiz já sabe há muito tempo. Melhor ainda, pude vivernciar isso fazendo parte de um remake que entrará para a história, deixando um legado para o povo daqui, para a cultural pantaneira”, opina.

Imagem aérea da Fazenda Vera Lucia, um dos sets pantaneiros para gravação do remake. Foto: Arquivo Pessoal

O que antes não era muito chegado a novela agora virou um noveleiro “de carteirinha”. Sobre acompanhar o folhetim, Nathan confirmou até que o “compromisso de segunda a sábado” já está marcado na agenda. Para ele, assistir a edição finalizada – com a estreia do primeiro capítulo nesta segunda-feira (28), às 20h30 (horário de MS) – é quase como se nem tivesse passaado mais de 100 dias em pleno Pantanal, “colado” na direção.

“A ansiedade está tão a mil para ver como ficou que às vezes me esqueço da temporada vivida. Afinal, sou um telespectador como outro qualquer. E, como bom brasileiro, pretendo perder nenhum capítulo”, finaliza.

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