Covardia de um presidente da República que deixa o país abandonando quem o apoiou
Completando dois meses das manifestações na avenida Duque de Caxias, em frente ao CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande, uma movimentação suspeita tem acontecido desde ontem (30). Ao que tudo indica, com a aproximação da posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – que acontece neste domingo 1º de janeiro de 2023 – alguns dos bolsonaristas estariam “levantando acampamento” e recolhendo as tentas do local. Ainda na tarde de ontem (30), o avião da FAB (Força Aérea Brasileira de Brasília) levando o presidente Jair Bolsonaro (PL) decolou rumo aos Estados Unidos.
A equipe de reportagem do jornal O Estado esteve no local na manhã de ontem (30), e flagrou alguns banheiros químicos sendo recolhidos, bem como tendas que estavam há mais de mês instaladas no canteiro da avenida. Lonas que cercavam as barracas estavam sendo retiradas, e com isso, uma baixa movimentação de patriotas, diferente do cenário de algumas semanas anteriores.
Hostilização
A reportagem do jornal O Estado foi hostilizada e ameaçada por manifestantes na manhã desta sexta-feira (30), no CMO, na avenida Duque de Caxias, na Capital. Ao chegar no local, por volta das 10h, a repórter e fotógrafo foram obrigados a entrarem no carro sob ameaça de agressão. “Apagam as fotos, ninguém está de brincadeira. Se não vamos quebrar a máquina”, disseram os agressores.
A reportagem registrou Boletim de Ocorrência sobre ameaças e tentativa de agressão, no 1°DP. O jornal O Estado repudia a violência e o fato da equipe de reportagem não poder realizar o trabalho em local público. Desde dos primeiros atos de manifestação, no dia 31 de outubro, o jornal O Estado sempre realizou a cobertura da manifestação com lisura reportando a verdade sem cunho partidário.
Relembre
Um grupo de manifestantes que contestam o resultado das eleições presidenciais, desde o dia 31 de outubro, ainda atuam em frente aos quartéis. Ao longo do tempo, foram muitos conflitos dos patriotas com as autoridades. Apesar das medidas aplicadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a fim de aniquilar com os atos por todo o país, a situação foi se agravando a cada semana.
Atualmente, avenida Duque de Caxias continua tomada pelos manifestantes que ocupam uma faixa com veículos e algumas barracas de patriotas ainda acreditam em uma intervenção que vá contra o presidente eleito Lula (PT).
Recentemente, cerca de 5 mil patriotas de Mato Grosso do Sul se deslocaram até a capital brasileira, para dar continuidade as manifestações em Brasília, com demais apoiadores do Brasil. Marcando a trajetória dos manifestantes, o grupo de patriotas demonstrou força nos últimos feriados de 2022. Nas datas, 2 e 15 de novembro, a avenida foi fechada, em frente ao CMO, durante os atos antidemocráticos que decorreu o dia todo.
Até mesmo após a diplomação do futuro presidente, feita pelo STF em 12 de dezembro, o grupo de manifestantes acreditam que a intervenção militar possa ocorrer, mudando o futuro do Brasil.
Por Brenda Leitte – Jornal O Estado do MS.
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