A Bolívia vive mais uma greve cívica nesta sexta-feira (4), o movimento foi determinado pela Assembléia de La Cruceñidad e iniciou a meia noite de hoje. Com duas carretas, manifestantes bolivianos bloquearam a fronteira na região de Corumbá, em Mato Grosso do Sul.
Conforme o site Capital do Pantanal, por conta do bloqueio, somente pedestres estão conseguindo atravessar.
O vice-presidente da entidade cívica, Fernando Larach destacou que a greve é um protesto contra as arbitrariedades e abusos que são cometidos no seio do órgão judiciário, do Ministério Público e da Polícia. A resolução emitida pela Assembleia de La Cruceñidad também exige que “o Poder Executivo respeite a independência dos poderes , condição essencial das instituições democráticas e do Estado de Direito”.
O movimento recebe apoio da Associação dos Avicultores de Santa Cruz, com suspensão das atividades até o dia 7 de março, próxima segunda-feira. A Federação dos Produtores de Leite também aderiu a greve pedindo segurança jurídica e respeito aos fundamentos do estado de direito.
A Universidade Autónoma Gabriel Rene Moreno não só apoia o paro como convoca toda comunidade universitária. “Nos preocupa os excessos que o Sistema Judiciário comete, afetando liberdades, direitos e garantias cidadãs”, diz comunicado oficial.
O cumprimento da medida de protesto proposta pela Comissão de Santa Cruz fez a maioria da população da capital optar por ficar em casa. Da mesma forma, o transporte urbano decidiu suspender seu serviço durante o dia e, na madrugada desta sexta-feira, pouquíssimos ônibus circulam nos bairros. Um movimento maior é observado nos escritórios de Trânsito.
A polícia continua pronta para qualquer intervenção que seja necessária.