Bebê com suspeita da doença teve contato com animais em Guia Lopes da Laguna

Foto: Criança apresentou
sintomas após retornar
com a família, para
Campo Grande/Reprodução
Foto: Criança apresentou sintomas após retornar com a família, para Campo Grande/Reprodução

Estado fica em alerta e resultado de exames coletados deve sair no início de julho 

Apesar de Mato Grosso do Sul não ter nenhum caso de febre maculosa confirmado até o momento, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) afirmou já estar em alerta quanto à doença. A preocupação se deu após o primeiro caso suspeito da doença – que é transmitida pelo carrapato-estrela – estar sendo investigado em um bebê de um ano, em Campo Grande. O resultado deverá sair no início do próximo mês.

Embora MS tenha baixos índices de contaminação, cuidados são necessários, neste momento. “A Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul informa que foi notificada e que está investigando o caso suspeito de febre maculosa. As amostras foram enviadas ao laboratório de referência nacional em São Paulo e o resultado estará disponível após decorridos 15 dias úteis”, esclareceu a SES, por meio de nota.

O caso suspeito, que veio à tona nessa segunda-feira (19), preocupou autoridades e a população. Conforme informações da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) repassadas ao jornal O Estado, a criança esteve no município de Guia Lopes da Laguna, região sudoeste do Estado, onde teve contato com animais domésticos, tanto na área urbana quanto rural. Segundo a pasta, o município, a 260 quilômetros da Capital, não tem registros de febre maculosa.

Investigando o caso, amostras do paciente foram coletadas com o objetivo de conseguir um diagnóstico mais preciso sobre o quadro clínico da criança, que apresentou sintomas comuns, como febre, náuseas e vômitos, além de dores no corpo. O caso foi considerado suspeito devido ao histórico, contudo, sem sinais claros que o enquadre como caso provável.

Para o jornal O Estado, a gerente de Biologia Médica do Lacen (Laboratório Central de Saúde Pública), Marina Castilhos, informou que as amostras não serão analisadas no Estado, uma vez que seguem protocolo do Ministério da Saúde, que orienta enviar as substâncias para um laboratório referência. “As amostras não serão analisadas aqui, seguimos o protocolo do Ministério da Saúde, mas, caso haja orientação para que esse trabalho seja desenvolvido no Estado, temos capacidade de realizá-lo”, pontuou. 

Conforme noticiado na edição anterior, em Campo Grande, no período de 2012 a 2022, foram notificados 55 casos e apenas seis foram confirmados em humanos. Vale ressaltar que o último e mais recente registro é de 2018. Ainda não foram registradas mortes pela doença.

CASOS NO BRASIL

Segundo o Ministério da Saúde, no país, foram confirmados 53 casos da doença este ano, dos quais oito resultaram em morte. A maior concentração de casos foi registrada nas regiões Sudeste e Sul e, de maneira geral, ocorrem de forma esporádica.

Por Brenda Leitte  – Jornal O Estado do MS.

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