Balança comercial brasileira alcançou um superávit de US$ 8,14 bilhões em abril, o saldo foi impulsionado pelo aumento de preço nos produtos importados. De acordo com o levantamento divulgado ontem (5), pela Secretaria do Comércio Exterior do Ministério da Economia, os bens exportados somaram US$ 28,9 bilhões enquanto os bens importados, US$ 20,7 bilhões.

O valor exportado no último mês, foi o maior recorde registrado para o mês de abril em toda a série histórica. Contudo, o superávit foi menor que o registrado em abril de 2021, quando chegou a US$ 10 bilhões.

Entre os fatores que contribuíram para o resultado está o aumento de 20% no preço dos produtos exportados pelo país, em primeiro aparece os commodities agrícolas. Em termos de volume de produtos exportados, foi registrada uma queda de 8% nos embarques.

De janeiro a abril deste ano, o número de exportações totalizam US$ 101,185 bilhões e as importações, US$ 81,238 bilhões, ou seja um saldo positivo de US$ 19,947 bilhões, 10,5% mais do que o mesmo período do ano passado.

O Ministério da Economia estima que neste ano o superávit da balança comercial será de US$ 111,6 bilhões. A princípio as projeções indicam que as exportações irão subir US$ 348,8 bilhões, alta de 24,2% na comparação com o ano passado (US$ 280,8 bilhões). Para as importações a estimativa é que os produtos somem US$ 237,2 bilhões, uma alta de 8,1% em comparação a 2021 (US$ 219,4 bilhões).

Setores

Entre os destaques está o setor de agropecuária, que registrou um avanço de 12,7% nas exportações, cerca de US$ 48,73 milhões.

Os produtos que registraram maiores variações positivas na balança foram milho não moído, com 655,4% de aumento (US$ 10,43 milhões na média diária), em seguida aparece o café não torrado, com aumento de 53,8% (US$ 12,51 milhões na média diária), trigo e centeio, com 359.555,5% de aumento (US$ 2,90 milhões na média diária) e soja, com 7,1% (US$ 23,52 milhões na média diária).

No setor industrial o crescimento das exportações foi de 35%, em comparação a abril do ano passado, totalizando US$ 202,31 milhões a mais.

Entre os produtos em destaque estão os óleos combustíveis de petróleo (57,2% com aumento de US$ 23,76 milhões na média diária); em seguida aparece a carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (72,1% com aumento de US$ 21,56 milhões na média diária); farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (55,4% com aumento de US$ 18,8 milhões na média diária); e carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas (44,1% com aumento de US$ 12,07 milhões na média diária).

Na indústria extrativa, a queda foi de US$ 34,02 milhões, o que corresponde a 10,2% em comparação a abril de 2021.

Em relação às importações, houve crescimento de 33% na compra de produtos agropecuários (US$ 6,31 milhões); 58,1% da compra de produtos da indústria extrativa (US$ 27,52 milhões) e aumento de 35,5% nas aquisições de produtos da indústria de transformação (US$ 257,56 milhões), comparados a abril de 2021.

Com informações da Agência Brasil.