Autoridades em saúde defendem criação do Hospital Municipal na Capital

Foto: Berlim Caldeirão
Foto: Berlim Caldeirão

Durante Audiência Pública realizada nesta segunda-feira (4) na Câmara Municipal de Campo Grande, especialistas e autoridades da área da saúde voltaram a defender a criação de um Hospital Público Municipal.

Para o secretário-adjunto da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Rogério Souto, a discussão deve ser ampliada.  “É uma discussão que tem que ser, de fato, feita por esse colegiado e ampliada. Não podemos tratar essa implantação de maneira isolada, mas discutir com Estado e União, pois requer investimentos para construção e equipamentos, além de custeio. Temos uma necessidade muito grande e mão de obra especializada. Campo Grande é referência estadual para muitos serviços”, apontou.

Presente no debate, o secretário Estadual de Saúde, Flávio Britto, garantiu que o Governo de Mato Grosso do Sul estará nas tratativas sobre a realização de um complexo hospitalar público. “O Estado estará presente a qualquer discussão que houver em relação a melhoria da saúde. A saúde nunca é despesa, mas investimento.”, explicou.

O debate também tratou da falta leitos nas unidades de saúde da rede pública. Para a procuradora de Justiça Filomena Aparecida Depolito Fluminhan, o MPE (Ministério Público) tem atuado para buscar ampliar o número de vagas, principalmente no período pós-pandemia.

“É um tema extremamente relevante e altamente complexo. Falar de um hospital municipal merece nossa discussão. O MPE fiscaliza a ação dos gestores, mas quem toma as iniciativas para definir a forma de prestação de serviço é o gestor. O que temos feito é a cobrança da ampliação do número de leitos. A população precisa ter acesso a mais leitos hospitalares”, defendeu.

Segundo o diretor-presidente do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Lívio Viana de Oliveira Leite, a demanda pelo atendimento tem crescido após o período crítico da pandemia.

“Vemos um aumento expressivo das demandas. Dentro da oncologia, verificamos um aumento expressivo de pacientes que chegaram aos hospitais com um quadro mais grave. Na cardiologia, também, aumentos expressivos nos números. [A construção de um hospital municipal] vai depender e demandar de um esforço conjunto das três esferas de governo. É importante dizer que o hospital é municipal, então isso vai demandar recursos do município, ainda que exista contrapartida de outras esferas. Um hospital de 100 leitos é um mínimo que se possa pensar em uma construção para que ele se torne viável”, apontou.

O hospital

Desde 2019 Campo Grande tenta viabilizar a construção e funcionamento de um Hospital Municipal, que prevê 300 leitos, Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e Recuperação Pós-Anestesia (RPA). Estima-se que o Hospital Municipal de Campo Grande custe aproximadamente R$ 200 milhões.

Com informações da Câmara Municipal

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