Arroz e batata são os vilões nos supermercados em Campo Grande

Foto: Henrique Kawaminami/CG News
Foto: Henrique Kawaminami/CG News

Os alimentos são vendidos em média por R$28,33 e R$9,05 respectivamente

Os consumidores que vão com frequência ao supermercado, já devem ter percebido o preço salgado pago em certos alimentos. O pacote de arroz de 5 kg, por exemplo, é vendido em média por R$ 28,33 enquanto no quilo da batata se gasta cerca de R$ 9,05. Os dados foram obtidos pela pesquisa de preço de itens da cesta básica, feita semanalmente pelo O Estado. O levantamento foi realizado em seis estabelecimentos de Campo Grande.

Os “alimentos vilões” encontrados nos supermercados da Capital, apresentam o mesmo comportamento de custo de outras cidades brasileiras. Conforme o mais recente IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado na última quinta- -feira (11) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) referente a dezembro, aponta aumento nos preços da batata-inglesa (19,09%), do feijão-carioca (13,79%), do arroz (5,81%) e das frutas (3,37%). 

O pesquisador do IPCA, André Almeida, justificou o encarecimento do arroz pelos impactos do clima. “No caso do arroz, que registrou alta pelo quinto mês seguido, a produção foi impactada pelo clima desfavorável”, escreveu o pesquisador em nota.

O preço do arroz de 5 kg, de acordo com os dados da pesquisa do jornal, que considerou a marca Tio Lautério, variou 10,53% entre as seis unidades visitadas, sendo o valor mínimo vendido por R$26,59 e o máximo por R$ 29,39. Já a variação calculada para o quilo da batata ficou em 35,55%, os valores variam de R$7,99 à R$10,99. 

O feijão de 1 kg apresentou variação de 25,77%, custando entre R$6,75 no Fort e por R$8,49 no Pires. “Já a alta do feijão tem relação com a redução da área plantada, o clima adverso e o aumento do custo de fertilizantes”, completou Almeida, sobre os números do IPCA.

No corredor da mercearia, o óleo de 900 ml Concórdia, teve variação de 18,04% nas unidades de venda da capital sul-mato-grossense. Custando entre R$4,99 à R$5,89. Na contramão dos aumentos, o preço do leite integral de 1 litro tem agradado o bolso do consumidor, nesta semana, a bebida é vendida entre R$ 3,89 (Comper e Fort) e por R$ 5,29 (Nunes).

O quilo da banana obteve variação de 45,54%, na seção de hortifrúti dos seis locais de venda. Os preços do quilo da fruta variam de R$5,49 à R$7,99. O valor médio pago é de R$6,88 no quilo.

A pesquisa de preço, sempre recomendada por economistas consultados pelo jornal, é fundamental quando analisamos os valores na sessão do açougue nesta semana. Onde o quilo do coxão mole a vácuo custa entre R$21,90, podendo ser cobrado até R$38,99/ quilo. A diferença apontada entre os comércios é de 78,03%.

Material de limpeza e higiene 

Segundo a pesquisa de preços, o consumidor desembolsa em média R$28,80 no papel higiênico com 12 unidades da marca Neve. Os valores coletados variam entre R$24,90 à R$28,45 (considerando cinco supermercados que vendem o produto/marca). A variação calculada foi de 14,26%.

O creme dental Colgate, nesta semana, foi o que apresentou maior variação (93,65%). Os valores para o produto vão de R$2,99, podendo custar até R$5,79. Por fim, a variação para o sabão em barras com 5 unidade da Ypê, ficou em 36,70%, o menor preço repassado ao consumidor é de R$10,90, enquanto o valor máximo custa R$14,90. 

Na tabela ao lado, estão os valores referentes a outros alimentos, que estão com frequência na lista de compra dos consumidores, e os supermercados visitados pela reportagem. 

IPCA

A inflação do país foi de 0,56% em dezembro. Com isso, o IPCA fechou 2023 com alta acumulada de 4,62%, dentro do intervalo da meta da inflação determinada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que era de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, entre 1,75% e 4,75%. Os dados são do IPCA, resultados de pesquisas do IBGE. 

Em dezembro, todos os nove grupos de produtos e serviços analisados pelo levantamento registraram alta. A maior veio de alimentação e bebidas (1,11%), grupo que acelerou em relação ao mês anterior (0,63%) e exerceu o maior impacto sobre o resultado geral (0,23 ponto percentual).

Por Suzi Jarde 

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