Prefeitura da Capital destaca que obra da avenida Ernesto Geisel é prioritária e promete anexar outros projetos
A área da Homex em Campo Grande pode ser uma das contempladas com recursos do projeto do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) Seleções, do governo federal. Conforme a subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos, Catiana Sabadin, os dois projetos prioritários são a finalização das obras na avenida Ernesto Geisel a e urbanização da Homex.
No total, 37 propostas foram submetidas, A lista é preliminar, já que a União prorrogou o prazo para inscrições até o próximo domingo (12). Dos projetos já inscritos, o valor total é de R$ 506.819.668,27. Além dos 37, existem outras duas propostas em parceria com o Governo de Mato Grosso do Sul, no valor total de R$ 4 milhões.
“No Ministério do Desenvolvimento Regional pedimos R$ 150 milhões para terminar a Ernesto Geisel até a Campestre, para terminar a obra que já tinha recurso federal e que não veio o restante para finalização. Nós cadastramos R$ 80 milhões na área de mobilidade urbana, especialmente para fazer uma melhoria nos terminais, com o que chamamos de mobilidade ativa, trabalhar algumas ruas que interligam os terminais aos equipamentos públicos, como posto de saúde e escola, melhorando a acessibilidade, iluminação, para que as pessoas consigam ir andando até esses espaços e interligação de ciclovias, um projeto integrado. Cadastramos também, no Ministério das Cidades, para a urbanização de favelas e ocupações subnormais e escolhemos a Homex, para a melhoria de bairro com infraestrutura, drenagem, pavimentação, reassentamento da famílias em necessidade, melhorias de habitação e regularização fundiária, no valor de R$ 90 milhões, com melhoria de bairro e entornos, para a pavimentação das linhas de ônibus. Também cadastramos, na área do Ministério de Justiça, um Centro de Convivência Social de R$ 13 milhões, na Vila Nasser, onde temos mais idosos”, comentou Catiana Sabadin sobre as principais demandas enviadas por Campo Grande.
Nesta senana, a prefeita Adriane Lopes já havia destacado, em coletiva de imprensa, que a retomada das obras da avenida Ernesto Geisel seria uma das prioridades do município para o projeto. Na primeira semana de trabalho, o mutirão de limpeza da avenida Ernesto Geisel concluiu a capina e retirada de entulhos e lixo, no trecho entre a rua da Abolição até a avenida Manoel da Costa Lima e iniciou o serviço da Manoel da Costa Lima em direção ao bairro Aero Rancho. Mais de 300 toneladas de lixo e entulho retiradas das margens do córrego Anhanduí e galhos e troncos de árvores foram recolhidos. A ação será executada até a região da rua Santa Quitéria/avenida Campestre, numa extensão aproximada de 10 km. Mais de 108 metros cúbicos de galhos e troncos resultantes das podas foram destinados à Organoeste e serão usados na produção de adubo orgânico.
“Temos um projeto que foi prioridade, a avenida Ernesto Geisel, que foi o primeiro projeto que protocolamos e temos outros, de drenagem e pavimentação, em regiões vulneráveis de Campo Grande, que se encaixam nas definições do PAC. Na área de mobilidade também, mas a prioridade é a Ernesto Geisel, estamos focados em terminar obras emblemáticas e que precisam ser entregues para a população e acredito que vamos conseguir”, destaca
Conforme informações repassadas pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), já foram cadastrados, até o momento, os pedidos para a construção de 12 unidades básicas e de saúde da família, três Caps (Centros de Atenção Psicossocial), 1 unidade móvel odontológica e ambulâncias para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Todas estas obras representam um montante de R$ 59 milhões para unidades de saúde; R$ 1 milhão para a unidade odontológica; R$ 2,6 milhões para ambulâncias e R$ 7,2 milhões para os Caps.
Adesão de todos os municípios
O PAC Seleções visa atender os projetos prioritários apresentados por prefeitos e governadores, em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura social e urbana e mobilidade. Na primeira etapa, estão previstos R$ 65,2 bilhões em investimentos.
A informação sobre a extensão do prazo foi dada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa, após reunião do presidente Lula com ministros da área social, no Palácio do Planalto. Segundo ele, mais de 25 mil propostas já foram cadastradas no sistema, mas muitas (cerca de 34%) ainda estão pendentes de documentação para serem, de fato, enviadas ao governo federal.
“Vamos dar um pouquinho mais de prazo e, na segunda (13), a gente começa a colocar a mão na massa, tratar essas informações, para que possamos divulgar e começar a chamar os prefeitos e governadores para iniciar os convênios e contratos e iniciar, posteriormente, as obras”, disse, em entrevista à imprensa.
Rui Costa contou ainda que todos os governadores enviaram propostas e que “estamos caminhando para chegar em 100% dos municípios brasileiros”, também apresentando alguma proposta. Entre as demandas mais cadastradas estão a construção de creches, de escolas em tempo integral, de unidades básicas de saúde, equipamentos esportivos, transporte escolar e unidades móveis de odontologia.
Esse último item, segundo o ministro, “alegra bastante” o governo. “O presidente abraça muito essa ideia, ele lançou, lá atrás, o Brasil Sorridente, para estimular e cuidar da saúde bucal. E nós, para avançarmos para distritos e localidades mais distantes, estamos ofertando o odontomóvel, como chamamos, e ele também está liderando as propostas cadastradas”, explicou.
Para ‘enfrentar’ o período de chuva, município realizará obras paliativas
Enquanto aguarda pelos recursos do PAC (Programa de Aceleramento do Crescimento) para finalmente concluir as obras na avenida Ernesto Geisel, a prefeitura vai executar obras paliativas a fim de conter a erosão na via, na região do bairro Aero Rancho. Segundo o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Marcelo Miglioli, as medidas serão feitas para dar condições de tráfego com mais segurança.
“Detectamos alguns pontos de erosão e vamos agora, com a nossa equipe de manutenção, atacar esses pontos, para que possamos atravessar o período de chuva, enquanto aguardamos os recursos do PAC para resolver definitivamente o problema da avenida Ernesto Geisel. Vamos fazer algumas medidas paliativas para que possamos, minimamente, dar condições de tráfego com segurança”, disse.
O projeto de retomada das obras da avenida foi orçado em R$ 154 milhões. Mas cabe ressaltar que a revitalização do rio Anhanduí se arrasta por mais de 10 anos. No ano de 2011, foram feitas duas licitações e uma ordem de serviço assinada e cancelada já no ano seguinte, 2012. Em 2014 também houve tentativa de retorno das obras, mas que fracassou.
Conforme a prefeitura, o primeiro lote da obra, da rua Santa Adélia até a Abolição, está completo, o segundo, da rua Abolição e a Bom Sucesso, está em 59% e o terceiro ainda falta a metade, 51%, entre a Bom Sucesso e rua do Aquário. Ao todo, pouco mais de R$ 36 milhões já foram executados.
O município publicou um edital de licitação no dia 17 de julho, para dar andamento às obras da segunda etapa, entretanto, o processo não teve interessados.
Por – Michelly Perez e Rafaela Alves
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