Após três anos, OMS decreta fim da emergência em saúde por Covid-19

COVID
Foto: Divulgação/SES

A OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou nesta sexta-feira (5) que a Covid-19 não configura mais uma emergência em saúde pública de importância internacional, com isso, o Coronavírus passa a ser classificado como “problema de saúde estabelecido e contínuo”.

No Brasil, desde o início da pandemia foram registrados 701.494 óbitos decorrentes da doença e 37.449.418 casos confirmados. Em Mato Grosso do Sul, a Covid vitimou 11.036 pessoas e registrou 611.383 casos confirmados.

Desde março de 2020, o Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional da OMS se reunia periodicamente para analisar o cenário global provocado pela doença. A decisão de decretar o fim da emergência foi definido ontem (04), durante reunião do comitê.

Entre os fatores levados em conta na decisão está a tendência decrescente de mortes por Covid-19, o declínio nas hospitalizações e nas internações em unidades de terapia intensiva (UTI) causadas pelo vírus e os altos níveis de imunidade da população.

“Ontem, o comitê de emergência Contra a Covid-19 se reuniu pela 15ª vez e recomendou a mim que declarasse o fim da emergência em saúde pública de importância internacional. Aceitei a recomendação. Com grande esperança, declaro o fim da covid-19 como emergência sanitária global”, anunciou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Dados da OMS apontam que todo o mundo, 765,2 milhões de casos de covid-19 foram confirmados e quase 7 milhões de mortes registradas. Ainda conforme a entidade, 13,3 bilhões de doses de vacinas contra a doença foram administradas em todo o mundo.

“Entretanto, isso não significa que a covid-19 chegou ao fim enquanto ameaça global de saúde. Na semana passada, a Covid-19 clamava uma vida a cada três minutos – e essas são apenas as mortes das quais nós temos conhecimento”, completou o diretor-geral.

Covid em Mato Grosso do Sul

Apesar de estar controlada em Mato Grosso do Sul, a Covid-19 segue fazendo vítimas em todo o Estado. Nos últimos sete dias foram registrados 304 novos casos e um óbito pela doença, os números representam um aumento de 46,85% em comparação à semana anterior, quando foram contabilizados 207 casos. Os dados são do boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde) divulgados nesta terça-feira (02).

Desde o início do ano, o Estado contabiliza 18.478 casos confirmados e 99 óbitos, o que representa uma letalidade de 0,5% e um taxa de mortalidade de 3,5 a cada 100 mil habitantes. A incidência de casos para cada 100 mil habitantes é de 650,8. Ao todo foram 11.036 casos notificados e 611.383 óbitos confirmados.

Vacinação

Imprescindível na proteção contra a Covid, a vacinação segue aberta para todos os públicos em Mato Grosso do Sul. Desde o último mês, a vacina bivalente está liberada a pessoas a partir de 18 anos. O imunizante protege contra as variantes da Ômicron e está disponível em mais de 50 locais da Capital.

Para receber a dose bivalente é necessário ter tomado pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes (Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer) no esquema primário ou reforço. A última dose deve ter sido tomada há no mínimo, quatro meses. Pessoas que estão com doses em atraso, também podem procurar as unidades de saúde.

A vacina bivalente, produzida pela Pfizer, foi especialmente produzida em cima de duas variantes da Ômicron, da última grande onda que tivemos no Brasil e que até hoje são as responsáveis pelo maior número de casos. Os frascos se diferenciam dos demais por terem a cor da tampa cinza.

Já a monovalente é a vacina que vem sendo utilizada durante toda a pandemia. Para a estratégia de vacinação contra a Covid-19 ela tem como base o vírus original do coronavírus, o SARS-CoV-2, que é o patógeno responsável pelo covid-19. Por isso, são chamadas de vacinas ancestrais.

Para quem ainda não recebeu nenhuma vacina contra o Coronavírus, a primeira dose contra Covid-19 segue disponível para crianças de seis meses a menores de dois anos (dose pediátrica), crianças de 3 a 11 anos e pessoas com 12 anos ou mais.

Crianças a partir de seis meses se enquadram para iniciar o esquema vacinal. Aquelas iniciaram o esquema com a Pfizer baby devem receber a segunda dose após um intervalo de quatro semanas e a terceira após oito semanas da dose anterior.

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