Após liberação para todos os públicos, procura pela vacinação contra a gripe aumenta, nas unidades

Fotos: Nilson Figueiredo
Fotos: Nilson Figueiredo

Postos de aplicação voltaram a registrar filas de pessoas em busca pela dose do imunizante 

O movimento nas UBS (Unidades Básicas de Saúde) de Campo Grande foi maior nos últimos dois dias, após a ampliação da vacinação contra a gripe para toda a população acima de 6 meses de idade. Até então, a vacina contra a influenza era aplicada apenas nos grupos prioritários, designados pelo Ministério da Saúde.

A liberação do imunizante foi anunciada na última quarta-feira (10), pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), seguindo resolução da CIB (Comissão Intergestores Bipartite). Apesar do frio que chegou na Capital, na madrugada de ontem (12), unidades de saúde tiveram filas para vacinar. 

Na UBS do bairro Universitário, o atendimento estava fluido no começo da tarde de quinta-feira (11), quando foi liberada a dose para todos os públicos. De acordo com a gerente da Unidade, Cristiane Pereira, o movimento começou a aumentar depois das 9h. No início da tarde, haviam sido entregues 170 senhas.

Na UBS Jardim Paradiso, apesar do movimento tranquilo, a gerente Patrícia Costa afirmou ter tido um aumento considerável, após a nova liberação. Segundo ela, até o início da tarde, haviam sido aplicadas 82 doses do imunizante.

Com o movimento mais intenso, na UBS Dona Neta, no bairro Guanandi, a fila para receber a vacina estava movimentada, nos dois dias. De acordo com a gerente da Unidade, apesar do frio, muitas pessoas foram até a UBS, para se vacinar. “Na quinta-feira foi bastante movimentado por aqui. Na sexta-feira de manhã, por conta do frio, foi mais parado. Mas logo perto do almoço e durante a tarde, quando o clima ficou mais agradável, houve fila de espera. A vacinação acontece por ordem de chegada”, afirmou.

Para o secretário municipal de saúde, Dr. Sandro Benites, o aumento na procura da vacina, na Capital, é resultado de um “somatório de esforços”. “A ajuda da sociedade organizada, a divulgação da importância da vacina, a chegada do frio e a ação da importância da vigilância da saúde, bem como a presença da Secretaria de Saúde em locais de bastante movimento, como nos shoppings, feiras livres e dentro das escolas, contribuíram para esse aumento das filas de espera da vacina, nas unidades de saúde. Com isso, esperamos aumentar o número da população vacinada, reduzindo a morbidade e mortalidade por essa doença tão grave que atinge, principalmente, as crianças e idosos, que é o vírus da influenza com a gripe”, ressaltou, ao jornal O Estado.

Apesar do clima mais frio, mãe e filha foram se vacinar, na UBS Dona Net, na manhã de sexta-feira (12), acompanhadas da matriarca da família. “Viemos eu, minha mãe e minha filha. Vamos aproveitar e tomar a vacina juntas, para todos ficarem imunizadas e com saúde. Eu ainda aproveitei e tomei a dose que faltava da covid-19. Já vamos dar início ao fim de semana todas vacinadas, em casa”, contou a vendedora Hellen Patrícia, 30 anos.

“É importante tomar essa vacina. Isso é por nós e pelos outros, também, já que vivemos em sociedade”, disse a dona de casa Zumira de Oliveira, 56 anos. A avó também acompanhou a neta durante avacinação. “Eu sou mais forte que minha filha, então entrei na sala para vacinar minha neta. Ela chorou um pouco, mas foi rápido, e agora ela está imunizada, já”, acrescentou.

Apesar de chorar com medo da agulhada, a pequena Ágata Vieira, 2 anos e 10 meses, contou à reportagem que não doeu. “Eu fiquei com medo, por isso chorei. Mas não doeu. Minha avó e minha mãe não choraram. Eu também não vou mais chorar”, disse a pequena, após receber o imunizante.

 

Imunização

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, a imunização contra a gripe reduz os riscos de infecção, minimiza a carga viral, os sintomas e previne o surgimento de complicações decorrentes da doença, internações e até mortes.

“A vacina da gripe, ofertada pelo SUS, é segura e eficaz. Ela protege a população contra os vírus H1N1 e H3N2 da influenza A e contra a influenza B, três formas diferentes de gripe”, pontuou.

Ela reforçou ainda que as pessoas pertencentes aos públicos prioritários, sobretudo os idosos com 60 anos, gestantes, pessoas com comorbidades e crianças

com seis meses a menores de seis anos, devem continuar procurando as unidades de saúde, para se vacinar.

“É importante destacar que as pessoas pertencentes a estes grupos são mais suscetíveis à doença e, portanto, devem ser vacinadas. Reiteramos que, apesar de a vacina estar liberada para toda a população, é fundamental que estas pessoas se vacinem”, finalizou.

 

Por Brenda Leitte – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.

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