Enquanto a conectividade avança em 45 bairros de Campo Grande, alguns ainda se limitam ao 3G
Pouco mais de dois meses depois de a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) ter liberado o sinal da rede 5G para Mato Grosso do Sul, a região já tem 1.364 estações de conexão para o serviço. Com o total de redes, MS ocupa a 13ª posição no ranking de estados com maior conectividade, à frente de localidades como Santa Catarina, Espírito Santo e Mato Grosso.
De acordo com a Anatel, das estações ativas no Estado, 560 ficam em Campo Grande. No entanto, o serviço também avançou no interior do Estado com a instalação de torres em Dourados (126), Três Lagoas (77) e Corumbá (54).
O painel aponta que 599 linhas em funcionamento no Estado são da operadora TIM, 398 da Vivo e 360 da Claro. Somente em Campo Grande, mais de 45 bairros já foram contemplados com a tecnologia.
Entre eles está a região do Centro, e os bairros Chácara Cachoeira, Vila Progresso, Santa Fé, Monte Castelo, Vila Vilas Boas, Jardim Veraneio, Universitário, Jardim São Lourenço, Vila Bandeirantes, Vila Marcos Roberto, Jardim Imá, Vila Corumbá, Jardim Novo Aeroporto, Jardim Leblon, Coronel Antonino, Cabreúva, Vila Taveirópolis, Amambaí, Vila Planalto, Vila Almeida, Vila do Polonês, Jardim Campo Grande, entre outros.
Na Capital, a conexão 5G atende a pouco mais de 200 usuários conectados simultaneamente. Para comportar os internautas, será instalada uma torre a cada 100 mil habitantes, até 2023, e a meta é de reduzir para uma torre a cada 50 moradores.
Falta de acesso
A tecnologia móvel ainda passa por transição. De modo geral, as operadoras dizem que a oscilação é algo normal, em razão de a tecnologia ainda estar em fase de expansão.
Vale lembrar que comunicação analógica é o 1G, o 2G é a comunicação digital via SMS. O 3G são os dados móveis, que vieram a partir da década de 2000, já o 4G, ou banda larga, proporciona atividades como o streaming.
Conforme a plataforma Nperf, quanto mais próximo dos limites do perímetro urbano, menor é a cobertura. Além das regiões centrais, que já têm 5G, a 4G+ aparece em boa parte do território urbano, ao passo que periferias como o Maria Aparecida Pedrossian, Rita Vieira, Universitário, Moreninhas, Centro-Oeste, Los Angeles ou Coophavila II possuem menor incidência.
Alguns locais, inclusive, se limitam ao acesso do 3G, como parte do Nova Lima ou Jardim Anache. Em alguns pontos específicos, não há presença de sinal, mesmo dentro da cidade, em regiões com maior presença natural, especialmente. A maior parte da cidade possui cobertura 4G+, mas há muitos pontos, na periferia ou não, em que a força do sinal é reduzida drasticamente.
No entanto, alguns moradores da Capital ainda reclamam sobre a falta do acesso à internet de qualidade. “Aqui onde moro a questão da internet é bem ruim, não pega nem 2G”, reclamou a dona de casa Mary Oliveira, que reside no Nova Lima.
Apesar do início da implantação das redes de quinta geração, a expectativa é de que o pleno funcionamento ocorra apenas por volta de 2025.
Celulares com a nova tecnologia
Para ter acesso ao 5G, que é a tecnologia que substitui o 4G e promete mais velocidade e eficiência na navegação, são necessárias várias etapas. Depois da liberação do sinal pela Anatel, as operadoras precisam se preparar em termos de estrutura para receber e oferecer o sinal standalone. Já o usuário precisa de um smartphone compatível com o 5G e um chip que também suporte a tecnologia.
A Anatel disponibiliza um painel de informações onde é possível consultar os smartphones 5G certificados e homologados. A agência recomenda que, antes de adquirir um celular, o cliente verifique o código de homologação estampado no chassi (ou no manual do produto) e consulte a sua operadora sobre a compatibilidade do produto à rede.
Ao conferir se o modelo do seu celular está na lista, é importante verificar se ele tem a operação SA, que significa compatível com o 5G standalone. Na lista dos compatíveis está, por exemplo, o Xiaomi 12, Motorola Edge 20, iPhone 13, Nokia G50 e Galaxy S21. Os demais modelos devem se adaptar à nova versão, de acordo com a marca do aparelho.
Por Brenda Leitte – O Estado de Online
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