Após ataque na escola, adolescente passará por audiência, nesta semana

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Foto: Marcos Maluf

Advogado de defesa confirma que ex-aluno já estava recebendo acompanhamento psicológico 

O adolescente, de 15 anos, que provocou um ataque na escola municipal Bernardo Franco Baís, na tarde de quinta-feira (18), em Campo Grande, passará por audiência com juiz, ainda nesta semana. A informação foi concedida pelo advogado da família do ex-aluno do Baís. Atualmente, o menino está internado em uma Unei (Unidade Educacional de Internação) da Capital, até que sejam realizados todos os trâmites da investigação do caso.

A semana passada foi marcada pelo ataque do adolescente, que atingiu uma facada em uma advogada, 46 anos, no momento em que ela deixava o filho na escola. Conforme já noticiado em edições anteriores do jornal O Estado, a SED (Secretaria de Estado de Educação) informou que já havia solicitado atendimento psicológico ao aluno, devido a comportamentos estranhos, na escola atual. 

De acordo com a secretaria, o menino havia apresentado comportamento suspeito, identificado em apenas um mês de aula, na rede estadual. A equipe educacional então teria recomendado que ele passasse por acompanhamento psicológico. A SED não detalhou quais comportamentos do menino levaram à recomendação, apenas que ele precisaria de “atenção especial por parte da família, devido a uma questão de comportamento”.

Ainda conforme a secretaria, a ação de acionar a família e recomendar avaliação e, se possível, acompanhamento psicológico, faz parte do protocolo da rede, mantendo pais ou responsáveis informados sobre as situações e comportamentos observados nas escolas. 

No entanto, à reportagem, o advogado da família que está cuidando do caso, Guilhermea Cury, afirmou que o adolescente já recebia atendimento psicológico, por iniciativa da mãe. “Ele já estava passando por psicólogo, isso por conta da mãe”, disse ele. 

Segundo o advogado, ainda, o adolescente segue internado na Unei, e novas medidas deverão ser anunciadas pelo juiz, após a audiência. “Ele encontra-se na Unei ainda, sendo acompanhado por uma equipe multidisciplinar e recebendo a assistência necessária. Ele passará por audiência e o juiz vai determinar os próximos passos, ainda nesta semana. Entendemos que o adolescente também foi vítima. A mãe não tinha conhecimento da situação e também está sendo assistida por psicólogos e assistente social”, relatou Cury.

Campanha

Na manhã de ontem (22), o SindGM-CG (Sindicato dos Guardas Municipais de Campo Grande) deu início à campanha “Quanto vale a vida de um aluno da Rede Municipal?”, em frente à escola municipal Bernardo Franco Baís, onde a mãe de um aluno foi esfaqueada por um ex-aluno, recentemente. O ataque ocorreu na última quinta-feira (18). 

O intuito da movimentação é alertar a administração pública sobre a necessidade da adoção do emprego de guardas municipais em escalas extras, para realizarem a segurança de alunos, professores e pais da comunidade, em torno das escolas. 

De acordo com o vice- -presidente do SindGM-CG, Alberto da Costa, o alvo da campanha é não afetar as áreas já atendidas pelos guardas, seja no serviço de patrulha, fiscalização de trânsito ou ambiental, ou outras patrulhas. “Temos a solução para segurança em tempo real: escalas extras. Com a manutenção dos serviços já colocados e a convocação de guardas em escalas extras, poderíamos resolver a insegurança que paira sobre a rede pública de ensino.” 

Por Brenda Leitte – Jornal O Estado do MS.

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