Animais ganham novos lares nas delegacias de Mato Grosso do Sul

mascotes delegacias
Foto: Nilson Figueiredo

Algumas delegacias da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul estão contando com novos moradores. Isso porque cães e gatos decidiram adotá-las como novos lares, quase que por conta própria. Cada um deles tem com uma história de vida e, como consequência dessas histórias, acabaram recebendo o acolhimento desses policiais e permaneceram nas delegacias.

É o caso do gato Charlie, que apareceu na 1DP de Jardim quando era apenas um filhote e está lá até hoje. Ele foi acolhido pela IPJ Danielle Gutterres, responsável pelo cartório central onde ele “mora”, tem caixa, comida e petiscos todos os dias. Dividindo o espaço na delegacia e no coração dos policiais, a cadelinha Princesa tinha outra família em uma residência próxima à DP. Um dia, ela saiu para passear e depois que entrou na delegacia nunca mais quis ir embora.

Um dos mais novos integrantes da Polícia Civil, é o Sid, que está morando na DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Jardim-MS. Há pouco mais de 1 mês, ele foi adotado, pois a antiga dona foi vítima de violência doméstica e teve que mudar de cidade e não poderia levá-lo.

Na Capital, o pitbull Sansão foi resgatado em fevereiro de 2020, pelos policiais da Decat (Delegacia Especializada de Crimes Ambientais e Turismo) e pela CGM (Guarda Civil Metropolitana). O jornal O Estado visitou a Decat para conhecer o Sansão, que recebeu a equipe com toda a alegria, enquanto brincava pela delegacia.

O responsável pela Decat, delegado Bruno Urban, explicou que ele foi resgatado de uma casa quando tinha apenas 6 meses de vida, estava desnutrido e abandonado e foi acolhido pela delegacia.

“Esse é um dos trabalhos realizados pela delegacia, em parceria com o CCZ (Centro de Controle de Zoonozes), Subea (Subsecretaria do Bem-Estar Animal), por exemplo, na última quarta-feira (6), nós resgatamos dois cães, com a ajuda do CCZ. Então é assim, nós recebemos a denúncia, acionamos o CCZ e eles levam. Mas é importante lembrar que o CCZ trabalha com saúde pública, casos como da leishmaniose, lá não é um depósito de cachorros, o Estado não tem um canil para cuidar de cachorros, então o CCZ faz esse trabalho, e realiza também as feiras de adoção, para que esses animais consigam ter um lar”, explica Urban.

Outra questão destacada tanto pelo delegado, quanto pela investigadora Vanusa Careli, é a respeito da diferenciação do que configura maus- -tratos e falta de orientação. “Nós recebemos cerca de 10 denúncias por dia, de maus- -tratos a animais, mas temos um trabalho importante em averiguar se é realmente isso, pois muitas vezes é apenas uma falta de conhecimento por parte dos donos, que nós auxiliamos e acaba sendo resolvido”, disse Vanusa.

No caso de Sansão, os custos de alimentação são divididos entre os membros da delegacia. A lei 14.064/2020, prevê pena de 2 a 5 anos de reclusão para maus-tratos.

Por Camila Farias – Jornal O Estado de Mato Grosso do Sul.

Confira mais notícias na edição impressa do Jornal O Estado do MS.

Acesse as redes sociais do O Estado Online no Facebook Instagram.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *