Adriane Lopes esclarece que projeto de reajuste salarial não foi pautado pelo Poder Executivo

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Foto: Valentin Manieri/Jornal O Estado MS

Prefeita cita que reivindicação partiu dos auditores-fiscais da Receita municipal

Em meio ao cabo de guerra enfrentado entre os professores da rede municipal de ensino de Campo Grande que buscam o reajuste de 10,39 %, o que vem sendo ventilado é que a prefeita, Adriane Lopes (Patriota), tem buscado reajustar o próprio salário. O Projeto de Lei 10.786/22 que está em tramite na Câmara dos Vereadores permite um aumento salarial de R$ 35 mil, a partir de 2023. Porém, o projeto não foi apresentado pelo Executivo, mas pela mesa diretora do legislativo da Capital. Como justificativa, o documento aponta que “algumas categorias dos servidores municipais têm amargado em seus vencimentos os efeitos perversos da inflação, que corroeu seu poder aquisitivo nos últimos 8 anos sem o aumento do subsídio do prefeito”.

Ao jornal O Estado, Adriane Lopes esclareceu que o aumento salarial não está em seu planejamento. “Não estou pautando esse projeto, não é iniciativa do executivo e eu não quero, não é algo que esteja no meu planejamento, meu planejamento agora é valorização dos nossos servidores”, diz.

A chefe do executivo explicou que a reivindicação é dos auditores-fiscais da Receita municipal. Pois, com o aumento do salário da prefeita, aumenta o valor recebido por eles. “Os servidores, auditores ficais, que o teto do meu salário impacta no salário deles que estão sem aumento a doze anos propuseram junto com a Câmara de Vereadores o aumento do meu subsídio, do meu salário. Mas isso eu não tive aumento e entender que eu tenho que fazer gestão, mas gestão com responsabilidade, responsabilidade fiscal, não tem como, tudo anda junto”, assegura.

O reajuste seria de 159%, saindo de R$ 21.263,62 para R$ 35.462,22. “No momento nós estamos com um olhar voltado pra todas essas situações buscando saídas. De que forma: diminuindo gastos, custeio, pra que num curto espaço de tempo a gente tem aí a cidade e os nossos servidores a contento”, garante Adriane.

O projeto foi apresentado e aprovado em 2021, porém a tramitação recuou na Casa. Com o fim do ano, pode ser colocado em votação. O presidente da Câmara, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), disse que o projeto só deve ser enviado quando resolver a questão salarial dos professores. “A Câmara tem o subsídio de aumentar o da prefeita. Porém, enquanto ela não resolver isso aí [greve dos professores], acredito que não poderá mexer no salário dela”, disse.

Outros cargos 

Vale ressaltar que a aprovação do projeto causa um efeito cascata e os salários de outros cargos como do vice-prefeito, e secretários municipais também são reajustados. O subsídio de vice-prefeito passaria de R$ 15.947,03 para R$ 31.915,80. E os secretários que recebem R$ 11.619,70 teriam o total de R$ 30.142,70 na folha de pagamento.

Por Rafaela Alves – Jornal O Estado de MS.

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