A quase R$ 100, picanha prometida não chega à mesa das famílias

Foto: Agência Enquadrar/Folhapress
Foto: Agência Enquadrar/Folhapress

“Nós vamos voltar a comer picanha, aquela parte com aquelegordurinha, passada na farofa. É tudo que o povo quer.” Esta afirmação é do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Após pouco mais de um mês da posse, esta não é a nova realidade das famílias, que ainda estão sem comer a tão sonhada picanha. Isso porque o preço do quilo está nas “alturas”, sendo encontrado a quase R$ 100 nos açougues. Além disso, o valor já não é mais visível como antes; as placas com preços estão ficando de escanteio na maioria dos estabelecimentos.

No Comper, o quilo da picanha foi encontrado por R$ 42,90. Já no Pão de Açúcar, carne nobre está custando R$ 95,99. No Carrefour, o corte está saindo pelo valor de R$ 79,30.

Já em bairros mais populares, como no mercado Carioca, o quilo da picanha custa R$ 56. Na Casa de Carne Vieira e na Casa de Carne Máximu’s, foi encontrado por R$ 45.

O proprietário do último estabelecimento, que preferiu não se identificar, relata que o corte continua o mesmo valor do ano passado e que, diferente da concorrência, a procura até o momento foi baixa.

“Quando compramos a peça do frigorífico é vendido por R$ 55 até R$ 65. Acaba sendo um preço caro, então para isso preciso vender neste valor.

Porém, a procura pela picanha e por outras peças também estão baixas”, explica o dono do açougue Máximu’s. Na Casa de Carne Coruja (Moreninha ll), o preço está por R$ 52. A responsável pelo setor, Mara Moreira Dias, disse que a procura pela picanha é somente dos donos de restaurantes. Ela também informou que o preço na hora da compra teve uma redução de 7% com os frigoríficos, o que acaba ajudando para vender no estabelecimento.

Já no açougue Carnes & Cias, aparentemente, a realidade é outra. O corte está R$ 59,90. “Aos fins de semana a população opta por comprar mais a picanha. O movimento e as vendas continuam aumentando e iremos permanecer com o preço dessa maneira igual ao ano passado”, disse o proprietário Wellington dos Santos.

 

Consumo

A autônoma Adriane Medeiros, 42 anos, conta que ainda não comprou a picanha. “Os alimentos, produtos estão todos caros. Estou esperando abaixar um pouco do preço para começar a comprar”, destaca

Segundo o economista Enrique Duarte, no ano passado o preço da carne se manteve estável. “Porém, o preço das outras carnes não tem ligação com o preço da picanha, por ser uma carne nobre. Diante disso, como o corte não depende das outras carnes, a demanda no valor sempre será alta não tendo grandes mudanças”, explica. 

“Já comi, mas não foi por causa do presidente. Mas, realmente, o preço continua caríssimo, relata o Bombeiro Militar, Joelson Sebastião, bastante incomodado com os valores. 

Já o aposentado, Luiz Moreira, de 70 anos, relata que a picanha não passou nem perto da sua geladeira. “Não comprei e não comi a picanha neste ano. O preço está caro!

A manicure, Nayara da Silva, de 26 anos, disse que os valores está bem acima do que pode pagar. “Não comi, porque o preço está muito acima do previsto”.

 

Por Marina Romualdo– Jornal O Estado do MS.

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