Arte Boa Nova estreia a peça ‘A Bela e a Fera’ em Campo Grande

Foto: Joâo Oshiro
Foto: Joâo Oshiro

Por Méri Oliveira

Os contos de fadas são parte significativa das vidas de todos nós, na infância, fazendo com que sonhemos com coisas, pessoas, sentimentos e planos que pretendemos realizar na vida adulta. Para quem gosta, o grupo de teatro Arte Boa Nova estreia, nesse domingo (6), a montagem de “A Bela e a Fera”, com sessões às 15h e às 18h, no Teatro da Mace, em Campo Grande.

A Bela e a Fera é uma história tradicional francesa, escrita por Gabrielle-Suzanne Barbot, com publicação no ano de 1740. Mas o conto sofreu alterações, com o objetivo de se tornar mais leve, tendo sido reescrito e publicado por Jeanne-Marie LePrince de Beaumont, em 1756. É essa a versão que o mundo todo conhece há quase 300 anos e que conta a história de uma jovem de bom coração que passa a viver com um ser de aparência e – inicialmente – atitudes monstruosas em seu castelo.

O diretor do espetáculo, Felipe Trindade, explica que um dos maiores desafios da montagem é justamente o fato de que as pessoas já conhecem a obra e criam certas expectativas sobre ela, mas salienta que o grupo precisa fazer a própria releitura e a adaptação para o teatro. “É um desafio muito grande, uma responsabilidade muito grande, é um espetáculo conhecido por todos, então a responsabilidade que a gente tem em passar a mensagem de ‘A Bela e a Fera’, que todo mundo já conhece, é muito maior, então, eu acho que o desafio está em justamente as pessoas terem uma expectativa muito grande dentro do espetáculo, e conseguir entregar isso de uma forma diferente da dos filmes e de outras obras”.

Ele também conta sobre a estreia da peça no interior do Estado. “Nós passamos por Dourados há duas semanas, adoramos o espetáculo e o resultado que a gente teve. Aqui em Campo Grande, nossa ‘casa’, digamos assim, porque a gente é daqui, as expectativas são as melhores possíveis. Foram meses de trabalho, de preparo, e a gente sabe o que a gente tem que fazer para entregar o melhor para os públicos de todas as sessões. É o resultado de um trabalho muito árduo e feito de forma 100% voluntária”, conclui.

O ator João Vitor Oshiro Araújo, de 24 anos, conta que está na cia há seis e já participou de cinco montagens de espetáculos. Em “A Bela e a Fera” ele é o Horloge, o Relógio, e afirma que as expectativas são de reações incríveis na plateia. “Minhas expectativas estão bem altas. A gente já estreou no interior, e foi incrível ouvir as risadas das crianças e todas as emoções, tenho certeza que aqui em Campo Grande será ainda melhor.”

Araújo afirma que o personagem acaba por oferecer mais liberdade de criação, o que resulta em uma interpretação diferenciada. ‘O meu personagem será o Horloge, o Relógio, fiel escudeiro de seu Mestre. Significou muito pra mim pois foi um dos personagens que eu mais tive liberdade de criação, por não haver uma base tão estruturada, então dá pra esperar uma interpretação diferente tantos dos filmes, quanto de outros musicais”, pontua.

Sobre o que as pessoas podem esperar do espetáculo, João Vitor é sucinto e direto: “Elas podem ir de coração e mente abertos, que será uma experiência incrível, visualmente falando, e as músicas estão belíssimas!”

Um detalhe interessante é que João Vitor e Pedro Oshiro Araújo são dois dos atores da peça, e são filhos do professor, humorista e – ainda – ator, Alex Figueiredo, que também faz parte do mesmo grupo de teatro, mas desta vez vai acompanhar tudo como integrante do público.

Sobre o pai na plateia, João afirma: “Esse apoio vem desde sempre, e é sempre muito bom saber que com certeza uma pessoa na plateia irá gostar”, dispara, aos risos.

Já Alex, o pai, nem disfarça a corujice e se “desmancha” ao falar dos fihos. “Choro ao ver meus dois filhos plenos no palco… É pura emoção! É a colheita de amar o que vivemos! Sempre os incentivei a buscar no teatro e na cultura o complemento para a formação do caráter.”

Para Figueiredo, teatro não é, “meramente” arte (se é que arte pode ser definida como algo restrito, afinal, a arte, em si, é plural, independentemente de segmento, não?). “Teatro é arte e compromisso, entrega, visão do coletivo e disciplina com o amor e a alegria de encantar as almas! E isso eles fazem desde pequeninos com o meu coração, e garanto que farão com todos que assistirem a peça! Inclusive muitos ex-alunos estão lá também por esse mesmo sentimento”, pontua o pai, visivelmente orgulhoso dos filhos.

Sinopse

Bela anseia por viagens, aventuras, e por uma vida tão empolgante quanto as histórias que lê nos livros dos quais tanto gosta. A menina pensa diferente de toda a aldeia e não deseja se casar com o Gaston, o pretendente mais desejado de todo o vilarejo, pois quer escrever seu próprio destino.

Entretanto, quando seu amado pai é aprisionado por uma fera em um castelo encantado, o destino de Bela muda para sempre. A jovem destemida arrisca sua liberdade e seu futuro, assumindo o lugar de seu pai e passando a viver no castelo enfeitiçado.

E é nesse castelo que, com Bela, passaremos a conhecer a história da Fera, um príncipe sob uma maldição, que debaixo da sua estranha aparência esconde um coração bondoso que apenas não havia tido contato com os aprendizados que vêm com o amor.

O feitiço apenas poderá ser quebrado se ele conseguir conquistar o afeto de um coração puro e, apesar do receio inicial, Bela torna-se amiga dos seres encantados do castelo, com as quais vive diversos momentos de aventura e diversão e que a ajudarão a encontrar o caminho para o velho e cansado coração da Fera.

Serviço – O espetáculo “A Bela e a Fera” será apresentado no domingo (6), com sessões às 15h e às 18h, no Teatro da Mace, que fica na Rua 26 de Agosto, 63, Centro.

Também serão realizadas sessões no dia 12, às 16h30 e às 19h30, no mesmo local.

Os ingressos custam a partir de R$ 25 (pacote família), e ainda podem ser adquiridos na Arquitécnica (67) 3029-0357, ou por meio do link: https://www.arteboanova.com.br/ingressos-online

Observação: O pacote família é um combo promocional de quatro ingressos em que as quatro pessoas necessitam chegar juntas para validar o ingresso, uma forma de fomentar a ida de mais pessoas ao teatro, independente da relação que existe entre estas pessoas.

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