STF encerra 1ª sessão de julgamento de Bolsonaro e acusados de trama golpista

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Sessão foi interrompida após falas da PGR e de defesas; análise será retomada nesta quarta-feira (3)

O primeiro dia de julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de envolvimento em uma trama golpista na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) foi concluído nesta terça-feira (2), conforme a programação. A análise do caso, que envolve suspeita de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, associação criminosa e tentativa de golpe de Estado, segue nas próximas sessões previstas para os dias 3, 9, 10 e 12 de setembro.

Pela manhã, o relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, leu o relatório da ação penal, documento que resume todas as etapas do processo, desde as investigações até as alegações finais, etapa anterior ao julgamento. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a condenação de Bolsonaro e dos demais acusados. A votação para condenação ou absolvição deve começar nas próximas sessões, e as penas previstas podem ultrapassar 30 anos de prisão.

Após o intervalo para o almoço, os advogados começaram a apresentar as sustentações orais. A defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, pediu a manutenção do acordo de delação premiada e negou que o militar tenha sido coagido pelo relator ou por integrantes da Polícia Federal.

O advogado do ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, afirmou que não houve monitoramento ilegal de ministros do STF ou de adversários políticos de Bolsonaro, alegando que o cliente apenas “compilava pensamentos do presidente da República”.

A defesa do almirante Almir Garnier negou que ele tenha colocado tropas à disposição de uma tentativa de golpe para reverter o resultado das eleições de 2022. Por fim, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, classificou a chamada “minuta do golpe” encontrada pela Polícia Federal como “minuta do Google”, minimizando a participação de seu cliente.

O julgamento será retomado nesta quarta-feira (3), com a apresentação da defesa do general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), seguida pelos advogados de Bolsonaro.

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