Uma decisão liminar da Justiça Estadual determinou que a prefeitura de Três Lagoas e o governo de Mato Grosso do Sul, devem tomar todas as medidas necessárias para que o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, situado na cidade, esteja apto a realizar cirurgias neurológicas em um prazo máximo de seis meses.
A decisão foi resultado de uma ação do Ministério Público Estadual (MPMS), que desde 2018 vem investigando a necessidade desse serviço na região. Segundo apurado pelo órgão ao longo dos últimos seis anos, a demanda por cirurgias neurológicas em Três Lagoas é substancial, especialmente considerando que pacientes de municípios vizinhos são encaminhados para o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora para receberem atendimento.
Um estudo realizado pela própria instituição de saúde em 2018 revelou que o número de atendimentos neurológicos em Três Lagoas era até maior do que em Campo Grande e nos municípios circunvizinhos à Capital.
Apesar de o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora estar habilitado para a neurologia clínica e para atender casos de AVC tipo 1, ele ainda não possui a habilitação para neurocirurgia e para atendimento do AVC tipo 2 junto ao Ministério da Saúde. A falta de estruturação da unidade com equipamentos para exames, principalmente, tem sido apontada como uma das principais razões para essa lacuna.
Atualmente, os pacientes que necessitam de neurocirurgias emergenciais são transferidos para hospitais em Campo Grande, o que, segundo o MPMS, aumenta consideravelmente o risco de fatalidades ou danos irreversíveis.
Apesar de Três Lagoas contar com outro hospital que oferece atendimento neurológico pelo SUS, o Hospital Regional da Costa Leste Magid Thomé, a neurocirurgia também não está disponível nessa instituição, conforme informações do Instituto Acqua, responsável pela gestão do hospital.
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