Audiência termina com médico preso preventivamente

Fotos: Marcos Maluf
Fotos: Marcos Maluf

Passou ontem (9), por audiência de custódia, o médico João Pedro da Silva Miranda Jorge. Conforme noticiado anteriormente pelo jornal O Estado, pela terceira vez, ele se envolveu em uma colisão enquanto dirigia sob efeito de álcool. No entanto, diferente das outras duas ocasiões, a justiça determinou pela conversão da sua prisão para preventiva. Conforme decisão do Ministério Público, a juíza Eucélia Moreira manifestou a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva levando em conta os antecedentes do médico, em crimes da mesma natureza. 

Vale lembrar que o acidente aconteceu na madrugada de quinta-feira (8), na rua Doutor Paulo Machado com a avenida Afonso Pena, no bairro Santa Fé. A colisão culminou com uma mulher de 28 anos ferida. Ela dirigia um veículo Toyota Corolla, na avenida Rubens Gil de Camilo, quando, no cruzamento com a rua Doutor Paulo Machado, o médico, que conduzia uma caminhonete VW Amarok, colidiu com o carro da mulher.

A Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência e, segundo informações do boletim de ocorrência, no local, os agentes perceberam que o homem apresentava sinais claros de embriaguez. Estava com os olhos vermelhos e se recusou a fazer o teste do bafômetro. Por isso, ele recebeu voz de prisão e como a sua CNH (Carteira Nacional de Habilitação) estava vencida, sua camionete foi recolhida para o pátio do Detran.

O homem só teve arranhões no braço esquerdo e foi encaminhado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol algemado. Contudo, a condutora do outro veículo foi socorrida pelo Samu até a Santa Casa, com suspeita de fratura no quadril. Após a prisão, acompanhado por um advogado, João Pedro se limitou a dizer que a vítima foi quem furou o sinal vermelho do cruzamento, causando o acidente. Em sua defesa, ele alegou, ainda, que após a colisão permaneceu no local e prestou socorro à vítima. Tese esta que foi mantida durante a audiência de ontem. 

 

Antecedentes 

Esta não foi a primeira vez que o nome de João Pedro foi associado a alguma infração de trânsito. Vale lembrar que, em novembro de 2017, ele se envolveu em um acidente que tirou a vida da advogada Carolina Albuquerque Machado, 24 anos, e deixou o filho dela, de 3 anos, ferido. O fato ocorreu no trecho próximo à colisão da madrugada de quinta-feira, na avenida Afonso Pena. João Pedro fugiu do local sem prestar socorro e se apresentou à polícia três dias depois do ocorrido. Por isso, em 2021, ele foi condenado a 2 anos e 7 meses de prisão por homicídio culposo, já que, na ocasião, também estava embriagado. Na época, ficou determinado o cumprimento da pena em regime semiaberto, uma vez que ele respondeu na modalidade “culposa”.

 

Por Michelly Perez– Jornal O Estado do MS.

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