Rússia eleva pressão militar para retomar negociação com a Ucrânia

Foto: Editoria de Arte/Folhapress
Foto: Editoria de Arte/Folhapress

Após um impasse que já dura quase uma semana acerca das negociações para um cessar-fogo na guerra da Ucrânia, a Rússia aumentou sua pressão militar com ataques a Kiev e reforçando sua posição em torno de cidades cercadas antes de mais uma rodada de negociações [conforme mostra o mapa]. Elas estão, nas palavras de um assessor do presidente Volodimir Zelenski, Oleski Arestovitch, “numa encruzilhada”.

A reunião virtual entre os grupos que discutem os termos para o fim do conflito ocorre hoje (15), após uma “pausa técnica” anunciada pelos ucranianos na segunda. Na madrugada e manhã desta terça, a violência continuou.

Kiev sofreu ataques em áreas residenciais e decidiu por um toque de recolher a partir desta noite, por 36 horas, em antecipação ao eventual fracasso das conversas e início de uma nova ofensiva russa.

As forças de Putin cercam a cidade pelo nordeste e o noroeste, mas não a fecharam completamente –são necessários mais soldados e equipamento para tanto. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, que acompanha a guerra civil na ditadura árabe apoiada por Moscou, 40 mil voluntários já se inscreveram para lutar na Ucrânia.

Foto: Editoria de Arte/Folhapress

Os ataques ocorreram horas antes da chegada dos premiês da Polônia, República Tcheca e Eslovênia, uma demonstração inédita até aqui de apoio a Zelenski por países do Leste Europeu especialmente refratários aos russos.

A demora nas negociações é previsível. O Kremlin quer a desmilitarização do vizinho, sua renúncia à adesão à Otan (aliança militar ocidental) e à União Europeia e o reconhecimento das áreas que perdeu para a Rússia (Crimeia) e para separatistas (Donbass) em 2014. Kiev sugere topar algo intermediário, mas exige a retirada imediata de forças russas, o que tiraria a pressão exercida por Putin.

Enquanto isso, a guerra toma um curso mais perigoso desde o domingo (13), quando a Rússia atacou uma base de treinamento e ligação entre forças ucranianas e da Otan. Na segunda, o presidente americano, Joe Biden, voltou a dizer que não quer um confronto com Moscou, pois ele seria “a Terceira Guerra Mundial” entre potências nucleares.

Com informações da Folhapress

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *