Refugiados superam marca de 100 milhões no mundo

Refugiados
Foto: Pixabay

Segundo dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) da ONU (Organização das Nações Unidas), divulgado na madrugada de hoje (23), o mundo superou a marca de 100 milhões de refugiados pela primeira vez. O número pode estar ligado à Guerra da Ucrânia, com a diáspora provocada pela invasão russa. O relatório completo será lançado mês que vem.

Segundo o comunicado do alto comissário, Filippo Grandi, o número é alarmante. “Ele deve servir de alerta para a resolução e a prevenção de conflitos destrutivos, para acabar com a perseguição e para tratarmos das causas subjacentes que forçam inocentes a fugir de casa”.

Em 2020, o número de refugiados já havia estabelecido um recorde, com 82,4 milhões. Desse total, estão incluídos aqueles que deixaram seus países por conta da violência ou algum tipo de perseguição, pessoas que buscam asilo em outros lugares e pessoas deslocadas à força dentro de seu próprio país.

Segundo o comunicado deste domingo, a marca de 90 milhões havia sido atingida no final de 2021, por uma série de conflitos que agravaram o quadro. A Guerra da Ucrânia teve papel evidente, por conta dos mais de 6 milhões de habitantes que deixaram o país depois da invasão russa, e mais 8 milhões que se tornaram deslocados internos, e forçados a se mudar para outras cidades. O total é mais de um quarto da população do país.

Outros quadros que foram propulsores da estatística, como as ondas recentes de violência em países como Etiópia, Burkina, Fassom, Mianmar, Nigéria, Afeganistão e República Democrática do Congo. O Acnur ainda destacou, que 100 milhões de pessoas, se fossem unidas em um país, formariam o 14° mais populoso do mundo e com mais de 1% dos habitantes do planeta.

Segundo o alto comissário, é necessária uma resposta internacional para todas as crises, e não só pela Guerra da Ucrânia. Diversos analistas avaliam que o acolhimento aos ucranianos em toda a Europa, revela um padrão quando comparado a forma que esses países lidam com outras nacionalidades, como os sírios e afegãos por exemplo.

“Para reverter essa tendência, a única resposta é paz e estabilidade”, finalizou Grandi.

 

Com informações da FolhaPress.

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