Quem são os magnatas russos mortos de forma suspeita

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Foto: reprodução/redes sociais

Pavel Antov, um dos deputados mais ricos da Rússia, morreu no último dia 25 de dezembro depois de cair da sacada de um hotel de luxo na Índia. Assim como pelo menos outros oito oligarcas que morreram no último ano, ele era crítico ao presidente russo, Vladimir Putin.

Quem são os outros mortos?

Desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, pelo menos outros oito oligarcas russos próximos a Putin morreram em circunstâncias suspeitas ou misteriosas: as mortes são atribuídas a suicídios ou acidentes, mas também podem ser assassinatos disfarçados, segundo observadores habituados aos métodos de vingança conhecidos do líder russo. Todos eram executivos de empresas gigantes ligadas ao governo russo, como a estatal de energia Gazprom e a LukOil.

Ravil Maganov
Tinha 67 anos e morreu no dia 1° de setembro na Clínica Central Hospitalar de Moscou. Em nota oficial, a LukOil, onde era presidente do Conselho de Administração, informou que o executivo morreu “após lutar contra uma grave doença”, sem dar detalhes mais precisos sobre o falecimento. “Maganov caiu da janela de seu quarto do hospital nesta manhã. Ele morreu por conta dos ferimentos”, informou uma fonte à agência de notícias estatal Interfax, ressaltando que policiais já estavam trabalhando no incidente na área externa da estrutura. O oligarca havia lamentado publicamente os “trágicos acontecimentos na Ucrânia”.

Alexander Subbotin
Tinha 43 anos e foi diretor da LukOil, companhia petrolífera russa, membro do conselho de administração da Lukoil Trading House LLC e se tornou proprietário de uma companhia de transporte marítimo nas margens do golfo da Finlândia. Ele é irmão de Valery Subbotin, ex-vice-presidente da LukOil. De acordo com o canal de comunicação Mash, o corpo dele foi encontrado por dois xamãs na casa deles, na cidade russa de Mytishchi, após um ritual de cura que teria utilizado veneno de sapo para curar uma ressaca.

Sergey Protosenya
Ex-diretor executivo da Novatek, a segunda maior empresa de gás da Rússia, foi encontrado morto em 20 de abril, aos 55 anos, enforcado no jardim de uma mansão em Lloret del Mar, na Espanha, ao lado dos cadáveres esfaqueados de sua esposa Natalya, 53, e da filha Maria, 16 anos. A polícia espanhola investiga a hipótese de um duplo homicídio perpetrado pelo oligarca, seguido de suicídio. Protosenya tinha uma fortuna avaliada em mais de US$ 400 milhões.

Vladislav Avaev
No dia anterior, em 19 de abril, o corpo de Avaev, 51, ex-vice-presidente do banco russo Gazprom e ex-oficial do Kremlin, e os de sua esposa grávida e sua filha de 13 anos foram descobertos em um apartamento em Moscou com marcas de balas. Como uma arma foi encontrada ao lado do corpo de Vladislav e o apartamento estava trancado por dentro, a polícia prioriza a hipótese de suicídio.

Leonid Schulman
Diretor da Gazprom, de 60 anos, foi encontrado morto no banheiro de sua residência, em São Petersburgo, no final de janeiro. No local, foi encontrada uma carta falando sobre suicídio.

Alexander Tyulyakov
Vice-diretor da Gazprom, de 61 anos, foi encontrado enforcado em um chalé, na região de São Petersburgo. Uma carta de despedida foi encontrada.

Mikhail Watford
Um magnata do petróleo, de 66 anos, foi encontrado enforcado na garagem de sua mansão, no subúrbio de Londres.

Histórico de envenenamento

Em 2021, o oligarca e presidente do time de futebol Chelsea, Roman Abramovich, afirmou ter sido envenenado, após apresentar sintomas depois de uma reunião na Ucrânia.

Desde os anos 2000, quando assumiu a Presidência da Rússia, Putin é acusado de mandar envenenar opositores, uma prática quer teria sido herdada dos tempos da extinta URSS (União Soviética). Vale lembrar que ele foi um oficial do serviço secreto soviético da KGB.

Um dos primeiros casos de envenenamento ocorrido sob seu governo ocorreu em setembro de 2004, quando o candidato da oposição à eleição presidencial ucraniana, Viktor Yushchenko, ficou gravemente doente e teve seu rosto desfigurado, mas sobreviveu. A doença havia sido provocada por dioxina que ele teria ingerido durante uma refeição.

Com informações da Folhapress

 

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