Um aluno de 16 anos esfaqueou uma professora de espanhol na sala de aula de uma escola em Saint-Jean-de Luz, no sudoeste da França, nesta quarta-feira (22/2), segundo a Promotoria local. O estudante foi detido após se entregar.
As autoridades locais não divulgaram as identidades da vítima e do agressor, mas revelaram que a docente, que dava aulas de espanhol na escola Saint-Thomas d’Aquin, tinha por volta de 50 anos de idade. Segundo o jornal local, La Dépêche, o estudante teria puxado a faca de sua mochila e esfaqueado sua professora em seguida.
Segundo um professor que estava na escola, o jovem afirmou ouvir vozes que o instruíram a agredir a professora, segundo relato de professor que estava na escola. Jornais locais afirmam que dois outros alunos estavam na sala de aula onde a professora foi atacada e presenciaram o esfaqueamento.
Segundo Jérôme Bourrier, procurador da República na comuna próxima de Bayonne, o jovem não tinha passagem pela polícia ou pela Justiça francesa. Bourrier também informou que uma a investigação trabalha com a hipótese de crime de morte com premeditação.
Ao meio-dia do horário local, um aluno que testemunhou o ataque falou à imprensa. “Não o vi se levantar, mas ele se aproximou bastante calmo da professora e a esfaqueou no peito sem dizer nada”, afirmou.
O ministro da Educação francês, Pap Ndiaye, declarou estar “imensamente consternado” com o caso e afirmou que irá visitar a escola. Segundo o jornal Le Monde, este é o primeiro assassinato de um docente sob sua gestão no país, que viu em 2020 o professor Samuel Paty ser decapitado por extremistas religiosos em Conflans Sainte-Honorine, no subúrbio de Paris.
“É um dia triste para a educação nacional”, afirmou Ndiaye. “Os professores pediram notícias antes de tudo de seus alunos. Ficamos impressionados pela dignidade e solidariedade [demonstradas por eles]. Isso mostra a força e a solidez da comunidade pedagógica.”
Segundo Ndiaye, estudantes da sala que presenciaram o ataque e as duas outras classes do mesmo ano escolar –cerca de 90 alunos– foram atendidos por psicólogos.
Rudolf Cassarro, secretário acadêmico do sindicato de professores de estabelecimentos de ensino católicos, descreveu a professora como “muito experiente, querida por colegas e alunos e sem qualquer problema na escola em que trabalhava”.
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