Pela 1° vez desde o início da guerra, navio de grãos deixa porto da Ucrânia

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Imagem: Reprodução/Divulgação

Pela primeira vez desde a invasão da Rússia na região, em 24 de fevereiro e o bloqueio do transporte no Mar Negro, um navio carregado de grãos deixou o porto da Ucrânia. A embarcação que estava presa no porto desde 18 de fevereiro finalmente iniciou viagem nesta segunda (1°).

Batizada pelo nome de Razoni, a embarcação saiu do Porto de Odessa, que é considerado um dos mais importantes do país e irá ancorar em Bósforo, perto de Istambul, nesta terça (2), para ser fiscalizado. Depois, a embarcação seguirá caminho até o Líbano, onde irá descarregar a carga.

Sob um pacto de passagem segura que foi intermediado pela ONU (Organização das Nações Unidas) e a Turquia, após um acordo de exportação entre a Rússia e Ucrânia, o barco transporta cerca de 26 mil toneladas de milho.

O acordo entre Ucrânia e Rússia, assinado em 22 de julho, irá permitir a passagem segura para a entrada e saída de grãos nos portos de Iujine, Odessa e Tchornomorsk. Essa decisão ajuda a evitar uma crise mais severa de escassez de alimentos e a alta do preço dos cereais no mercado mundial, já que esses países são responsáveis por quase um terço das exportações globais de trigo.

Segundo Oleksandr Kubrakov, ministro da Infraestrutura da Ucrânia, a liberação dos portos deve favorecer a economia do país em pelo menos US$ 1 bilhão (R$ 5,17 bilhões), além de permitir planejar a próxima temporada de semeadura, pelo setor agrícola.

Além da embarcação Razoni, outros 16 navios estão ancorados nos portos do Mar Negro, com cerca de 600 mil toneladas de cargas, sendo uma grande parcela de grãos. Ao todo, segundo autoridades presidenciais ucranianas, aproximadamente 20 mil toneladas de grãos estão presas no país esperando autorização para partir.

Desde o conflito com a Rússia, a Ucrânia exportou por volta de 3 milhões de toneladas de produtos agrícolas por meio de ferrovias e rios. Essa cifra representa metade do valor mensal que o país exportava antes da guerra, segundo o Grupo de Associações Empresariais Agrícolas.

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