Um duro golpe para os russos. Assim tem sido classificado o naufrágio do cruzador de mísseis Moskva, principal navio da frota russa do mar Negro, depois que foi atingido por uma explosão na última semana.
Com 12.500 toneladas, Moskva é o maior navio de guerra russo afundado em combate desde a Segunda Guerra Mundial. A Ucrânia alega que o cruzador foi atingido por um míssil lançado por suas forças.
A Rússia, por sua vez, não reconheceu que foi um ataque que causou o incêndio na embarcação, e disse que a sua origem está sob investigação, possivelmente tendo sido causada por uma explosão de munição. Os mais de 500 tripulantes deixaram o navio, disse a Rússia.
Embora Vladimir Putin insista em dizer, em várias ocasiões, que sua “operação militar especial” na Ucrânia avança com sucesso, “conforme planejado”, “é uma perda simbólica muito grande”, disse o almirante francês reformado, Pascal Ausseur, diretor-geral do centro de análise Fundação Mediterrânea de Estudos Estratégicos (FMES). “É uma embarcação de 12.000 toneladas que afundou em 12 horas […] Isso não é normal”, falou ele à AFP.
Ele era o único navio da frota a ter defesas aéreas de longo alcance a bordo, explicou Sidharth Kaushal, especialista em energia marítima do Royal United Services Institute, em Londres. Com isso, os outros navios da frota russa agora estarão mais vulneráveis a ataques aéreos — embora não esteja claro se as forças da Ucrânia, que sofreram inúmeras baixas desde o início da guerra, têm recursos para tirar proveito da situação.
Rússia deve recuar
Mas, para Mykola Bielieskov, do Instituto Nacional de Estudos Estratégicos da Ucrânia, o dano é “mais psicológico do que material”. “Os navios russos agora serão forçados a se afastar da costa ucraniana, onde não podem mais se sentir seguros”, explica ele. Mas o naufrágio “não vai acabar completamente com o bloqueio naval da Rússia à Ucrânia”, explicou ele, que assessora o governo ucraniano em estratégia militar.
O Moskva não disparou mísseis contra alvos terrestres ucranianos, porém especialistas militares disseram à BBC que a embarcação forneceu apoio crucial a outras embarcações que fizeram isso.
Ele era o único navio da frota a ter defesas aéreas de longo alcance a bordo, explicou Sidharth Kaushal, especialista em energia marítima do Royal United Services Institute, em Londres.
Com isso, os outros navios da frota russa agora estarão mais vulneráveis a ataques aéreos -embora não esteja claro se as forças da Ucrânia, que sofreram inúmeras baixas desde o início da guerra, têm recursos para tirar proveito da situação.
Com informações da Folhapress