Maior greve em 11 anos no Reino Unido pode paralisar até 500 mil trabalhadores

Greve
Foto: reprodução

Professores, funcionários públicos, maquinistas de trem e motoristas de ônibus do Reino Unido fazem nesta quarta-feira (1º) a maior greve geral do país na última década. A paralisação é um protesto por melhores salários diante do aumento brusco no custo de vida dos britânicos.

Quase 20 mil escolas na Inglaterra e no País de Gales serão afetadas pelo primeiro dos sete dias de greves convocadas para fevereiro e março por professores do Ensino Infantil ao Ensino Médio, somando-se assim aos protestos que começaram meses atrás em muitos outros setores.

Trabalhadores de diferentes setores se mobilizaram para reivindicar melhores salários em meio a uma inflação que em dezembro bateu 10,5% –dois meses antes, o índice chegou a 11,1%, recorde em 41 anos.

Segundo os sindicatos, a greve envolve maquinistas de dez empresas ferroviárias, funcionários de 150 universidades, 300 mil professores e cerca de 100 mil funcionários de ministérios, portos e aeroportos -assim, os grevistas podem chegar a 500 mil, a cifra mais expressiva desde a greve de servidores em 2011.

“Se o governo não fizer nada, veremos mais dias como o de hoje e mais sindicatos se juntando a nós”, disse Mark Serwotka, secretário-geral do PCS (Public and Commercial Services Union), sindicato que representa 100 mil funcionários públicos de mais de 120 departamentos do governo.

Nos últimos meses, o país viu uma onda de greves nos setores públicos e privados, incluindo os de saúde, transporte e correios. A crise levou enfermeiros a realizar, em dezembro, sua primeira greve nacional nos mais de cem anos de história do sindicato da área. Depois de uma negociação malsucedida com o governo britânico, eles convocaram mais dois dias de greve no mês passado e outros dois em fevereiro.

Com as paralisações dos serviços, a já afetada economia da ilha bretã pela pandemia, guerra da Ucrânia e Brexit agora sofre outro golpe, sendo provavelmente a única grande economia a entrar em recessão em 2023.

Com informações do Folhapress.

 

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