O jovem de 13 anos que foi infectado pela ameba conhecida como “comedora de cérebros”, apresentou os primeiros sinais de reação, após um mês desacordado. Identificado como Caleb Ziegelbauer, o garoto foi internado após visitar uma região praiana na cidade de Port Charlotte, na Flórida, em 1° de julho.
Cinco dias após a visita, o jovem começou a reclamar de dores e cabeça e febre e foi levado para um hospital infantil pelos pais. Lá, ele foi diagnosticado pelos médicos com Meningoencefalite Amebiana Primária (PAM), uma infecção geralmente fatal para o sistema nervoso central. Os profissionais apontaram como possível motivo a Naegleria fowleri, uma ameba de vida livre.
Caleb começou seu tratamento em 10 de julho, sendo colocado em estado de hipotermia pela equipe médica e após um mês, conseguiu realizar seus primeiros movimentos desde o diagnóstico.
“O Caleb não apenas moveu as mãos e os pés, como agora ele também está abrindo os olhos”, anunciou Katie Chiet, uma das organizadoras de uma vaquinha para ajudar nas despesas médicas do jovem. “Ele ainda não está acompanhando as coisas com o olhar, mas nós continuamos esperançosos de que as montanhas do amanhã serão conquistadas”, completou a mulher.
A arrecadação em prol de Caleb já alcançou cerca de US$ 60 mil (cerca de R$ 300 mil na cotação atual). Em um comunicado publicado no site da vaquinha, foi exposto que exames apontaram alguns danos cerebrais em Caleb.
A última noticia após a comemoração pelas reações do adolescente foi publicada em 7 de agosto e revelava que os protocolos de combate à ameba já haviam sido concluídos e que o adolescente passou por uma cirurgia bem-sucedida de traqueostomia e para conectar um tubo de alimentação ao corpo.
“Agora nós estamos aguardando (não tão) pacientemente pelo seu despertar”, acrescentou Chiet, na publicação. “Eu não consigo nem dizer o quanto sinto falta deste menino. Eu sou apenas uma de muitos. Sou grata por termos chegado até aqui e grata pelas muitas pessoas que nos trouxeram até aqui”.
Sobre a ameba
Essa ameba “comedora de cérebros”, infecta pessoas entrando pelo nariz e não é dependente de hospedeiro para sobreviver. Ela é encontrada em rios, lagos e piscinas com águas quentes ou mornas, que não tem um tratamento correto. Quando infectam o corpo humano, o protozoário ataca os tecidos cerebrais e normalmente, causam a morte do infectado em poucos dias.
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, entre os anos de 1962 a 2021, apenas quatro das 154 pessoas diagnosticadas pela infecção sobreviveram no país.
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