“Greve geral”: Bolívia mantém fechada fronteira com Corumbá

Foto: Carlos Jordán/El Deber
Foto: Carlos Jordán/El Deber

O dia de hoje (8) começou com ruas vazias e comércios fechados na Bolívia. Uma greve nacional por tempo indeterminado foi convocada por setores sindicais e transportadoras nesta segunda-feira e, com isso, até a fronteira entre o país vizinho e o município de Corumbá se encontra fechada. Só podem cruzar pessoas que estiverem a pé.

O acesso às cidades de Puerto Quijarro e Puerto Suárez, vindo da Cidade Branca, continua bloqueado com galhos, entulhos e pneus. Os bolivianos protestam contra lei imposta pelo governo de Luis Arce, presidente do país. Não há previsão de reabertura.

Pelas ruas de Santa Cruz de La Sierra, o que se vê é apenas o tráfego de pessoas e bicicletas. Foto: Guider Arancibia/El Deber

Por todo a Bolívia, foram observados os mesmos bloqueios que os de Corumbá. As ações são uma forma de repúdio contra a aprovação da lei 1.386 pelo Executivo nacional, aprovada na madrugada do dia 2 de novembro. A medida permite ao governo investigar o patrimônio de qualquer cidadão sem ordem judicial e foi aprovada junto de outras propostas sem consenso ou socialização pelo MAS (Movimento ao Socialismo) na ALP (Assembleia Legislativa Plurinacional), na capital Santa Cruz de La Sierra.

Informações do portal de notícias boliviano El Deber apontam forte contingente policial nas ruas do país desde a noite de ontem (7). O trabalho das forças de segurança tem sido principalmente o de limpar as vias públicas e liberar o trânsito de veículos. Em Cochabamba, a 481 quilômetros de Santa Cruz, o clima ficou tenso pelos confrontos entre policiais e a população. Ao menos duas pessoas foram detidas.

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