Ex-policial que matou George Floyd é condenado a 22 anos e meio de prisão

Crédito: divulgação
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O ex-policial branco Derek Chauvin foi condenado a 270 meses 22 anos e meio de prisão pelo assassinato do norte-americano negro George Floyd. A morte gerou uma série de protestos contra o genocídio negro nos Estados Unidos e no mundo.

“A sentença não se baseia na emoção ou na simpatia”, disse o juiz Peter Cahill, ao proferir a sentença em um tribunal na cidade de Minneapolis, em Minnesota. Ele acrescentou, em um breve discurso, que tampouco se baseava “na opinião pública”, mas na lei e nos fatos específicos do caso.

Derek Chauvin, que falou rapidamente no tribunal, prestou condolências à família de Floyd e disse que “haverá outras informações no futuro que serão de seu interesse, e espero que as coisas lhe deem um pouco de paz de espírito”.

Chauvin foi condenado em abril deste ano por homicídio de segundo grau, homicídio de terceiro grau e homicídio culposo. George Floyd morreu em maio de 2020 depois que Derek Chauvin colocou o joelho no pescoço de Floyd, que não conseguia respirar.

O tempo de condenação foi definido hoje. Os promotores de defesa chegaram a pedir uma sentença de 30 anos, enquanto o advogado de Chauvin, em contrapartida, sugeriu que fosse deliberada a liberdade condicional e tempo de serviço para o acusado.

Durante a sessão, o procurador-geral assistente de Minnesota, Matthew Frank, argumentou que Chauvin abusou do poder que tinha como policial no dia em que matou George Floyd.

“Este caso não era sobre policiais, todos policiais. Não era sobre policiamento. Este caso era sobre Derek Chauvin desconsiderando todo o treinamento que recebeu e agredindo o Sr. Floyd até que ele morresse sufocado”, declarou. Na perspectiva de Frank, o acusado abusou da posição de confiança e autoridade ao tratar Floyd da forma que o fez, desconsiderando o treinamento para cumprir a função de policial.

Três ex-colegas de Chauvin serão julgados em março de 2022 sob a acusação de cumplicidade em assassinato. Os quatro homens também enfrentam acusações federais por violar os direitos constitucionais do Floyd. Ainda não foi marcada uma data para esse julgamento.

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