Dólar cai a R$ 4,84 e tem menor valor desde o início da pandemia; preço do barril de petróleo aumenta

No sexto dia seguido de desvalorização, o dólar encerrou hoje (23) com a menor cotação desde o início da pandemia de COVID-19. A moeda americana cedeu 1,44%, a R$ 4,8430. Em 13 de março de 2020, dois dias após a OMS (Organização Mundial da Saúde) ter declarado a disseminação global do novo coronavírus, o dólar terminou o pregão cotado a R$ 4,8280.

Ações excessivamente desvalorizadas na Bolsa, a possibilidade de ganhos no setor de commodities devido a ameaças de escassez do petróleo provocadas pela guerra na Ucrânia, além de juros domésticos altos, criam uma combinação que favorece a entrada de dólares no país. O resultado é a queda da taxa de câmbio.

Neste ano, o real apresenta a maior valorização frente à divisa americana, quando o comparado a outras 23 moedas de países emergentes. O retorno à vista da divisa brasileira está em 15,2% no acumulado de 2022, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Pedro Galdi, analista da Mirae Asset Corretora, diz que fluxo de recursos de investidores estrangeiros para a Bolsa é um dos principais motivos para a queda do dólar. “O Brasil continua atrativo para eles”, afirma.

Preço do barril do petróleo passa dos US$ 120

Os preços do petróleo saltaram novamente hoje, acompanhando o crescimento das preocupações de investidores sobre a possibilidade de redução dos estoques e o consequente aumento dos preços globais de energia.

A ausência de avanço nas negociações entre Rússia e Ucrânia justifica os temores do mercado. A Rússia, uma das principais exportadoras de petróleo e derivados, já teve a entrada da matéria-prima que produz banida dos Estados Unidos. Punições semelhantes podem ser aplicadas por países da União Europeia.

No início da noite, o barril do petróleo Brent, referência mundial, avançava 5,14%, a US$ 121,42 (R$ 591,29). Com isso, a cotação da commodity se aproximava do US$ 127,98 (R$ 629,68), o maior valor registrado desde 2008. A alta do petróleo, porém, também está tornando a renda fixa brasileira mais atraente.

Com informações da Folhapress

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