De acordo com informações de Michael Satz, principal promotor do caso, Cruz tinha 19 anos quando chegou de Uber até a escola onde havia sido expulso um ano antes por motivos disciplinares. Em apenas 9 minutos de atentado, Nikolas matou 17 pessoas e feriu outras 17 utilizando um fuzil semiautomático que estava escondido em uma mochila.
O acusado se declarou culpado pelos assassinatos e pediu desculpas pelos crimes durante o julgamento. O jovem também disse que queria pegar prisão perpétua sem liberdade condicional para dedicar a sua vida a ajudar os outros.
Satz chegou a pedir pena de morte para o réu, argumentando que o tiroteio foi “um massacre sistemático” planejado com meses de antecedência, mas o júri descartou a possibilidade. A decisão de pena de morte precisa ser unânime e pelo menos um ou mais dos 12 jurados -sete homens e cinco mulheres- considerou que havia circunstâncias atenuantes que não justificavam tal punição no caso de Nikolas.
Já Melisa McNeill, advogada de defesa do acusado, pediu compaixão ao júri. Ela caracterizou o réu como um jovem problemático nascido com transtorno de uma mãe que lutou contra a falta de moradia, o alcoolismo e o vício em drogas, antes de colocá-lo para adoção. Ela também disse que o Satz tentava desumanizar Cruz, a quem descreveu como “um jovem frágil, com danos cerebrais e mentalmente doente”.
Durante a leitura do veredito, Cruz chegou a olhar fixamente para a mesa da defesa enquanto vários parentes das vítimas no setor público balançavam a cabeça, desapontados com a sentença.
Mesmo com o seu histórico psiquiátrico, Cruz conseguiu comprar legalmente o fuzil utilizado no massacre. Motivados por isso, algumas das vítimas que sobreviveram ao ataque criaram a “March for Our Lives”, uma organização que pede legislação pelo controle de armas, como a proibição de rifles de assalto.
Com informações da Folhapress.
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