Um atirador de 51 anos matou pelo menos 16 pessoas, incluindo um policial, em um ataque durante a noite de sábado (18) na zona rural da Nova Escócia, antes de ser morto pela polícia no domingo (19) após horas de perseguição, no maior ataque deste tipo registrado até hoje no Canadá.
As motivações do atirador, identificado como Gabriel Wortman, ainda precisam ser determinadas pela investigação. Ele estava fugindo desde a noite de sábado, quando a polícia foi alertada sobre tiros na cidade de Portapique, a cerca de 100 quilômetros de Halifax, capital da província da Nova Escócia.
“É muito cedo para falar da motivação do homicida”, declarou Chris Leather, comandante de investigações criminais da GRC da Nova Escócia. “Ao que parece, ao menos em parte, atuou de forma aleatória”, completou.
Várias vítimas “não parecem ter nenhum vínculo com o atirador”, disse. Alguns corpos foram encontrados diante e no interior de uma casa, onde a polícia compareceu após os alertas sobre tiros.
Entre as vítimas fatais está a policial Constable Heidi Stevenson, que foi acionada para responder ao ataque. Stevenson tinha 23 anos de profissão e dois filhos. Um segundo oficial também ficou ferido.
O atirador fugiu com a chegada da polícia, o que provocou uma busca intensa de 12 horas em várias comunidades. O homem, que trabalhava com a fabricação de próteses dentárias de acordo com a imprensa canadense, fugiu usando vários veículos, incluindo um que se assemelhava a uma viatura da polícia. Ele também usava elementos de um uniforme de agente, afirmou o porta-voz Leather.
“O fato do indivíduo ter uniforme e carro de polícia permite pensar que não foi um ato espontâneo”, acrescentou. Gabriel Wortman foi baleado durante sua prisão na manhã de domingo.
“A busca pelo suspeito terminou esta manhã. Quando o suspeito foi localizado. E posso confirmar que ele morreu”, disse Leather, sem revelar detalhes. Outra fonte policial desacou que o atirador morreu como resultado da intervenção de um agente. A operação aconteceu em Enfield, perto de Halifax.
Este massacre, cujo balanço de vítimas ainda não é definitivo, é o pior registrado na história do país. Em 1989, um homem armado matou 14 mulheres que estudavam na Escola Politécnica de Montreal.
(Texto: Veja)