Na manhã desta sexta-feira (21), o presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou por meio de um vídeo em sua conta no Twitter que não irá concorrer à reeleição no país, cujo próximo presidente será escolhido em outubro.
Devido à grave crise econômica que a Argentina enfrenta, a reeleição de Fernández era improvável, e ele é desaprovado por 71% dos argentinos, a maior rejeição de um presidente na série histórica de 17 anos da consultora Poliarquía, que divulgou essa informação na quinta-feira (20).
Essa desistência ocorre quase um mês depois de o ex-presidente Mauricio Macri ter feito o mesmo movimento na aliança de oposição Juntos pela Mudança.
Com essa decisão, Alberto Fernández não participará das primárias em agosto e deixará espaço para seus concorrentes dentro da coalizão peronista Frente de Todos. Entre os nomes considerados presidenciáveis está o da atual vice-presidente, Cristina Kirchner, com quem ele frequentemente tem desentendimentos.
Cristina tem sido ambígua em relação à sua candidatura, alegando que poderia ser considerada inelegível por ter sido condenada por corrupção em dezembro. No entanto, isso só acontecerá se a decisão da Justiça argentina em primeira instância for confirmada pelas instâncias superiores.
A ex-presidente argumenta que é vítima de “lawfare”, quando o Judiciário persegue um investigado por razões políticas, e afirma que a condenação foi orquestrada desde o início do processo. Outro possível candidato pela aliança é o ministro da Economia, Sergio Massa, mas ambos enfrentam queda na aprovação popular.
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