Com surto de COVID entre indígenas, força-tarefa vacina alunos de aldeias em Dourados

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Arquivo Subcom

Nas últimas semanas, Mato Grosso do Sul registrou um aumento de casos de COVID-19 na reserva indígena de Dourados, o que preocupou a SES (Secretaria de Estado de Saúde) que vinculou o surto à volta às aulas presenciais e ao retardo na imunização de adolescentes, o que teve início cerca de um mês depois da vacinação de adolescentes não indígenas.

Como medida de contenção, o governo do Estado suspendeu as aulas nas comunidades que registraram casos de coronavírus e a secretaria após reuniões criou uma força-tarefa para triar e vacinar cerca de 3,8 mil alunos indígenas com o objetivo de conter os casos da doença nas aldeias do município.

“Nós estamos acompanhando de perto este surto e propomos ao Grupo de Gerenciamento de Crise, que fosse feita a triagem e a vacinação dos alunos indígenas a partir de 12 anos ou mais nas 10 escolas pelos próximos oito dias úteis. Esta ação se faz necessária pois identificar novos casos, auxilia no monitoramento e mitiga a doença nesta região”, disse a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone.

Foto: Rodson Lima

A reunião de pactuação da força-tarefa aconteceu ontem (9) e as ações conjuntas já começam nesta quinta-feira (11).

Casos

De acordo informações do DSEI-MS (Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul) repassadas à SES, o DSEI realizou 428 testes de antígeno ligados ao surto, sendo que 394 foram descartados e 34 positivos para a COVID-19.

Já o Polo Indígena, ofertou 749 testes de antígeno, com 91 casos positivos. O DSEI ainda informou que 82% dos casos positivos ocorreram na Aldeia Jaguapiru, 15% na Aldeia Bororó e 3% nos acampamentos localizados em torno das aldeias.

A SES tem acompanhado de perto a situação nos municípios de Tacuru e Caarapó, onde o DSEI tem ampliado a testagem e monitorando os casos nessas regiões.

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