Para quem achava que o reencontro com Marlene Mattos seria o auge do documentário que a Globoplay prepara sobre a vida de Xuxa, se enganou. Sob direção de Pedro Bial, a loira teve mais um reencontro histórico e, porque não dizer, cercado de polêmica. Na última sexta-feira, 03 de dezembro, Bial conseguiu reunir a apresentadora com Marcelo Ribeiro, que, aos 12 anos, contracenou com ela no filme “Amor, Estranho Amor”, de Walter Hugo Khouri. Atualmente Marcelo tem 39 anos e Xuxa, 58. Na época, em 1982, a loira ainda não sonhava em ser a Rainha dos Baixinhos e tinha 19 anos. Eles eram os mais jovens integrantes de um elenco que contava ainda com Vera Fischer e Tarcísio Meira.
No longa, Marcelo e Xuxa faziam uma cena erótica que causou grande polêmica e teve impacto sobre a carreira de ambos. Os dois pagaram um preço alto pela produção.
O garoto, que seguia uma carreira de ator mirim, ficou marcado pelo episódio. Ela, que no ano seguinte se lançou numa bem-sucedida trajetória de apresentadora de programa infantil, na TV Manchete, passou anos às voltas com ações na Justiça para impedir que o filme fosse distribuído em vídeo, fora dos cinemas.
Na entrevista, feita numa locação, Bial, Xuxa e Marcelo assistiram ao trecho de “Amor Estranho Amor” e comentaram.
Após 20 anos proibido de ter qualquer tipo de exibição devido a embargos judiciais solicitados pela apresentadora Xuxa, o filme “Amor Estranho Amor” pode finalmente ser visto pelo público na televisão, ao entrar na grade de programação do Canal Brasil, em fevereiro deste ano.
Lançado em 1982, o longa ficou marcado como aquele em que Xuxa Meneghel – na época ainda uma modelo – foi sugerida para fazer parte do filme de Walter Hugo Khouri pelo então namorado dela, o ex-jogador Pelé.
Ninguém havia, até então, dado atenção às sequências em que a prostituta vivida pela gaúcha é oferecida a um garoto para tirar a sua virgindade. Até que o filme começou a circular em VHS, no auge das vendas deste formato, e Xuxa já comandava programas infantis. O caso, então, foi para os tribunais.
A proibição só serviu para aumentar o folclore em torno de que o realizador teria feito uma pornochancada e que o ator mirim foi indevidamente exposto. Na época, a apresentadora alegou que houve uma exploração do sucesso dela pelo produtor Anibal Massaini Neto. Apesar de viver um personagem secundário, Xuxa passou a estampar as capas dos VHS, enquanto os representantes da apresentadora alegavam que não havia autorização de exibição em outras mídias.