Corpo de Preta Gil será velado no Theatro Municipal do Rio

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O corpo da cantora Preta Gil será velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, atendendo a um desejo expressado por ela ainda em vida. A artista morreu no último domingo (20), aos 49 anos, nos Estados Unidos, onde realizava um tratamento experimental contra um câncer colorretal.

Preta estava em Nova York desde maio. Nos últimos dias, já bastante debilitada e após a confirmação médica de que não havia mais alternativas terapêuticas, decidiu retornar ao Brasil. Queria reencontrar amigos e familiares que não puderam visitá-la, e principalmente estar ao lado da mãe, Sandra Gadelha.

O retorno seria em uma UTI aérea no próprio domingo, mas a cantora não resistiu antes do embarque. Em Nova York, permanecem Flora Gil, madrasta da artista, e seu filho, Francisco, cuidando dos trâmites legais para o translado do corpo. O processo exige a emissão de atestado de óbito pelas autoridades americanas, tradução juramentada do documento e registro no consulado brasileiro. Além disso, o corpo precisa ser embalsamado e receber autorização sanitária, confirmando que a morte não foi causada por doença contagiosa. Por isso, a data do velório ainda não foi definida.

Além do velório no Theatro Municipal, Preta também manifestou o desejo de ter um cortejo em cima de um trio elétrico — uma referência à sua ligação intensa com o carnaval carioca. Ela foi fundadora de um dos blocos mais emblemáticos da cidade, o “Bloco da Preta”, símbolo de alegria, diversidade e resistência.

Nos últimos momentos de vida, Preta esteve cercada por amor. A atriz Carolina Dieckmann, amiga de longa data, esteve com ela e relatou a despedida com emoção.

“Ficamos ali com ela, em casa, dando muito amor, muito, muito amor. E ela foi indo desse jeito, cercada de pessoas que ela ama. Eu me sinto grata por ter escutado meu coração e ter me despedido dela de uma maneira tão intensa, verdadeira, profunda, como foi nossa relação”, disse. “Preta agora vive através de quem tem esse amor por ela.”

Gominho, amigo fiel da cantora, também destacou o legado deixado por ela.
“Fico pensando que se ela tivesse mais 50 anos de vida, viveria com a mesma intensidade. Porque ela sabia viver. E um grande exemplo pra mim é saber viver com verdade, com essa coisa de encarar a vida como ela é. Mas ela tá bem. Eu sei que ela tá bem. Ela tá melhor do que estava aqui, certeza absoluta disso.”

Preta Gil deixa uma marca indelével na música, na cultura brasileira e nos corações de quem aprendeu com ela a importância do afeto, da autenticidade e da luta por amor e liberdade.

 

Com informações do G1

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