Técnico do Palmeiras, Abel chora ao virar cidadão paulistano

Instagram/@Palmeiras
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O técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, recebeu nesta sexta-feira (23) o título de cidadão paulistano, outorgado pelo município de São Paulo. A cerimônia realizada na Câmara Municipal foi aberta ao público, o que gerou algumas quebras de protocolo. Ana Xavier, a esposa do técnico, compareceu ao evento junto com as duas filhas do casal. Durante os discursos de homenagem, Abel chegou a chorar.

“Minha esposa me perguntava, ‘Mas porque é que você gosta tanto de São Paulo?’. E eu respondia: É que aqui, as pessoas sabem receber”. Espero estar à altura de representar uma das maiores cidades do mundo. Hoje, não estou aqui apenas como cidadão palmeirense. Hoje, sou mais um de vós. Hoje, me sinto um cidadão paulistano”, disse, com a voz embargada.

Abel discursou de improviso, numa fala que misturou agradecimentos com emoção e teve ainda teor político.

“Nem sempre sou bom pai, nem sempre sou bom treinador, mas procuro sempre apender com os meus erros”, disse ele. “Sei que nem sempre sou o melhor exemplo. Para mim, a maior ferramenta que um ser humano pode ter é a educação, o acesso à informação”, reconheceu o treinador.

A homenagem foi oferecida ao português numa sessão solene que teve execução dos hinos do Palmeiras e do Brasil pela Banda da Polícia Militar -com direito a troca da letra do hino nacional pelo já tradicional “Meu Palmeiras” cantado pelos torcedores presentes. Não foi o único momento com cara de arquibancada. Durante um discurso formal, parte da plateia cantou uma música da torcida que diz “Cheirinho é o c…” em um de seus versos, em alusão ao Flamengo.

Abel demonstrou o mesmo preparo de sempre. Quando foi entrevistado em rede nacional, no Roda Viva, o treinador falou com propriedade sobre Ayrton Senna e Telê Santana. Dessa vez ele estudou sobre a cidade de São Paulo.

“Eu me sinto paulistano desde o primeiro dia. Como diz uma frase no brasão de uma das maiores cidades do mundo, que é São Paulo, ‘Conduzo, não sou conduzido’ (Non dvcor, dvco, em latim). E até isso parece comigo”, disse o português, que falou por aproximadamente cinco minutos.

Com informações da Folhapress, por DIEGO IWATA LIMA

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