Sul-mato-grossense projeta maratona dura para voltar ao pódio pela 3ª vez em Tóquio

Instagram/@yeltsin.atleta
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Yeltsin Jacques voltou a subir no lugar mais alto do pódio na Paralimpíada de Tóquio. Na noite da segunda-feira (30), o campo-grandense venceu os 1.500 metros na classe T11, para pessoas com deficiência visual, com o tempo de 3min57s60, e, além bater o recorde mundial da prova, conquistou a centésima medalha brasileira em jogos paralímpicos.

O velocista já havia subido ao topo do pódio nos 5.000 metros T11, com uma chegada espetacular. Dessa vez, o atleta sensação dos jogos de Tóquio liderou de ponta a ponta, abrindo grande vantagem e dominando totalmente a disputa.

Yelstin terminou a prova com quase oito segundos de vantagem sobre o segundo colocado, o japonês Shinya Wada, que fechou a prova em 4min05s27. O bronze ficou com Fedor Rudarov, do Comitê Paralímpico Russo, que cravou 4min05s55.

Antes de seguir para a pista, o atleta foi avisado sobre a possibilidade de perpetuar seu nome na história dos jogos ao conquistar a centésima medalha brasileira em paralimpíadas. “Isso deu uma motivação a mais. Queria essa conquista por dois motivos. Para subir o Brasil no quadro de medalhas e construir essa história. Tenho de agradecer minha esposa por aguentar nós, minha família por estar sempre apoiando. Só tenho de agradecer mesmo”, comemorou Yeltsin após a prova.

Ainda não acabou

Com duas medalhas de ouro garantidas na bagagem, o atleta de Campo Grande ainda terá mais uma chance de subir ao pódio em Tóquio. No sábado (4), a partir das 17h50 (de MS), Yeltsin disputará a maratona da classe T12.

“Eu estava trabalhando entre 120 km e 140 km por semana mais focado nos 5.000 m e nos 1.500 m. A maratona tem bagagem, tem (de ter) ‘perna’, só que não estou me cobrando tanto como eu estava na prova de hoje (segunda-feira) justamente pela questão de não ter feito todo o volume necessário para a maratona”, disse o sul-mato-grossense de 29 anos.

“Não tem como trabalhar os 1.500 m rápidos como esse que eu fiz e uma maratona com o volume de 190 km, 200 km (de treino) por semana porque sobrecarrega demais. Então foquei nas duas primeiras provas”, comentou o atleta ao portal Olimpíadas todo dia.

Mesmo com a conquista de seus dois principais objetivos, Yeltsin espera que a prova seja difícil, pois, segundo ele, quanto mais dura maior será a chance de beliscar a terceira medalha nesta edição dos jogos.

“Espero que esteja sol, espero que esteja difícil, duro, porque aí fica mais fácil para mim. Se eles levarem para os últimos 12 quilômetros, eu garanto para mim a prova”, destaca o campo-grandense.

Naviraiense encerra participação sem chegar às finais

O sul-mato-grossense Fabricio Ferreira foi eliminado na fase inicial dos 400m rasos, classe T12 atletas com deficiência visual). Ao lado do guia Jackson Cesar da Silva, ele marcou o tempo de 52s42, na manhã dessa terça-feira (31). Acesse também: Corinthians busca patrocinador para salário de Willian

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(Texto: Jhefferson Gamarra)

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