Sampaoli evolui no português e não tem planos de deixar o Brasil

Sampaoli
(Foto: Dhavid Normando/Futura Press/Folhapress)

O técnico Jorge Sampaoli mostra esforço para falar melhor o português no Flamengo. O argentino pensa na adaptação ao time rubro-negro, mas principalmente no futuro no Brasil.

Jorge Sampaoli começou as aulas particulares há 20 dias. Nas entrevistas no comando do Flamengo, o argentino se comunicou devagar e tentou falar o máximo de palavras em português.

O argentino entendeu que precisava se esforçar mais pela comunicação com a maior torcida do Brasil, mas a melhora vai além das aulas.

Sampaoli fez o primeiro trabalho no Brasil em 2019, no Santos, e já adquiriu uma casa em Búzios, no Rio de Janeiro. Ele tinha medo de ser mal interpretado e priorizava o espanhol no Santos e no Atlético-MG. Agora, após contato maior com o país, se sente mais seguro.

O treinador tem filhos e funcionários brasileiros e sua esposa chilena possui vários amigos no país. Enquanto não esteve no Sevilla e Olympique de Marseille, Sampaoli morou no Brasil.

Outro diferencial é a presença do auxiliar Diogo Meschine na comissão técnica. Brasileiro, Diogo era analista de desempenho do Santos antes de receber o convite do argentino e ajuda o treinador na comunicação.

Quase um brasileiro

O UOL ouviu que Jorge Sampaoli não se anima em trabalhar na Europa novamente. A ideia do argentino é se fixar como um profissional disponível no futebol brasileiro.

Sampaoli realizou o desejo de dirigir o Flamengo e espera fazer um trabalho a longo prazo. Na sequência, o objetivo é continuar no país.

Aos 63 anos, o técnico tinha como meta ser mais reconhecido na Europa e foi bem no Olympique, mas decepcionou no retorno ao Sevilla. Agora, mais velho e com família no Brasil, quer “sossegar”. Jorge Sampaoli adora o Brasil e até investiu no país, como no empreendimento em Búzios. O argentino avalia outros investimentos.

Sampaoli sofreu com a passagem ruim pela seleção argentina e não é bem avaliado no seu país. Ele se sente mais à vontade no Brasil e seu futuro deve ser de fato no país vizinho.

Por Lucas Musetti Perazolli/Folhapress.

 

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