O presidente da Comissão Organizadora dos Jogos Olímpicos (Cojop), Tony Estanguet, encontra-se no centro de uma investigação relacionada à sua remuneração, levantando questionamentos sobre a legalidade do montante recebido anualmente. O ex-atleta, tricampeão olímpico de canoagem (2004, 2008 e 2012), recebia uma remuneração anual de 270 mil euros brutos até 2020, quantia que pode ter ultrapassado o limite máximo permitido por lei para uma associação.
A revelação surgiu por meio de um artigo recente do Le Canard chainé, indicando que Estanguet teria estabelecido uma empresa que prestaria “serviços não comerciais” à Cojop. Esse fato suscita dúvidas sobre o controle da “realidade e qualidade dos serviços” oferecidos pela empresa Estanguet.
A situação chamou a atenção do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Paris (Cojop), que expressou “espanto” diante do anúncio da abertura da investigação. O órgão, responsável por coordenar os preparativos e eventos ligados aos Jogos Olímpicos, agora busca esclarecimentos sobre a natureza e legalidade da remuneração de Estanguet.
Contatada para comentar sobre a abertura da possível investigação, a Procuradoria Nacional de Finanças optou por não fornecer informações detalhadas: “Não desejamos comunicar sobre a abertura de uma possível investigação”, declarou ao L’Équipe.
O desfecho dessa investigação pode ter implicações significativas na gestão e transparência financeira da Cojop, bem como na reputação de Tony Estanguet, uma figura proeminente no cenário esportivo francês. O caso permanece em desenvolvimento, aguardando pronunciamentos oficiais das partes envolvidas.
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