Paratletas de MS voltam a competir após Tóquio

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Medalhistas Fernando Rufino e Yeltsin Jacques já têm competições programadas para a semana que vem

Encerrados os Jogos Paralímpicos, os sul-mato-grossenses que estiveram em Tóquio já terão novos compromissos. Fernando Rufino, e Yeltsin, medalhistas no Japão, terão alguns dias de intervalo após o desembarque em São Paulo, nessa terça-feira (7).

Campeão na paracanoagem, o “Cowboy” viaja domingo (12) com destino à Dinamarca. A informação foi confirmada pelo brasileiro à reportagem, na manhã do último domingo, por mensagem, logo depois da cerimônia de encerramento dos Jogos de Tóquio 2020.

Na capital Copenhague, Rufino, 36 anos, está entre os nove convocados pela CBCa (Confederação Brasileira de Canoagem) para o Campeonato Mundial da modalidade. O paratleta nascido em Itaquiraí, do CCA (Clube de Canoagem de Aquidauana), vai competir nas provas da KL2 e VL2 – esta última foi a que rendeu o título inédito nas Paralimpíadas.

A campo-grandense Debora Raiza Benevides, que completa 26 anos no dia 16 deste mês, e que também esteve em Tóquio, está inscrita em uma disputa do Mundial. A atleta, do clube AFPMSBC-ASP (Associação dos Funcionários Públicos de São Bernardo do Campo), deve  competir na VL2.

No atletismo, um dos principais destaques do país nos Jogos Paralímpicos literalmente não para de correr. Depois do ouro nos 5.000 m, e nos 1.500 m, além de disputar a maratona, em que preferiu abandonar a corrida no quilômetro 21, Yeltsin Jacques tem pouco mais de uma semana para entrar em outra competição. Segundo seu pai, José Roberto, o fundista deve permanecer em Campo Grande, para rever a família, até o dia 15.

Pois, na sequência, disse José Roberto à reportagem, na segunda-feira (6), o sul-mato-grossense defende a equipe da ADD-SP (Associação Desportiva para Deficientes) , nas Paralimpíadas Universitárias brasileiras, programadas para acontecer entre os dias 16 e 19, em São Paulo (SP).

Certamente será a última competição de Yeltsin antes de seu aniversário, no dia 21 deste mês, em que completará 30 anos. O campo-grandense deve correr nas duas provas em que conquistou o primeiro lugar no estádio olímpico de Tóquio.

Campanha histórica na bagagem

O último grupo da delegação nacional retornou no começo desta semana do Japão com a sensação de missão mais do que cumprida. Vale ressaltar que, antes dos Jogos, o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) não fez projeções acerca do desempenho do Brasil ao quadro de medalhas.

O Brasil encerrou a sua participação nas Paralimpíadas de Tóquio 2020, domingo (5), com o melhor desempenho do país na história dos Jogos. Foram 72 medalhas no total, e igualou o recorde obtido no Rio de Janeiro, em 2016, mas com um número bem superior de ouros.

As 22 medalhas douradas no Japão superaram inclusive as 21 de Londres 2012, maior marca até então. O país ainda somou, na capital japonesa, 20 pratas e 30 bronzes. Terminou na sétima posição no quadro de medalhas – mesma colocação de 2012. No Rio, foram 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, no oitavo lugar. Acesse também: Marquinhos é desconvocado da seleção e não joga contra o Peru

(Texto: Luciano Shakihama com folhapress)

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