As atividades organizadas pela FVMS (Federação de Voleibol de Mato Grosso do Sul) ficaram paradas por um ano e sete meses por conta da pandemia e voltaram apenas em setembro. Mesmo assim, o presidente da entidade, José Eduardo da Mota, o “Madrugada”, faz um balanço positivo do calendário. Para 2022, projeta mais competições e aposta no sucesso das equipes fora do Estado, principalmente nas categorias de base. Já para as disputas mais importantes e no adulto, o lado financeiro segue como principal bloqueio para o crescimento da modalidade, segundo Madrugada.
Confira entrevista feita no último dia 21, por telefone.
Como presidente da federação, como analisa a temporada 2021 do voleibol estadual? Se por um lado tivemos, por exemplo, a volta de uma equipe adulta a uma Superliga depois de três anos (a última foi a AVP), por outro, a frustração de não ser mais sede da Liga das Nações?
Temporada 2021 foi boa, tendo em vista que conseguimos realizar diversas atividades na quadra e também na praia em diversas categorias. Participamos em todas as competições de praia realizadas pela CBV durante o ano. Na quarta o destaque foi a realização da Liga MS com a participação de 43 equipes adultas de diversos municípios do Estado. A participação de uma equipe filiada na Superliga C, que infelizmente não atingiu os objetivos propostos.
O vôlei estadual foi uma das modalidades que mais demoraram a reiniciar as atividades por causa da pandemia (levando em conta que os jogos com os times de fora foram da CBV). Quanto tempo ficou sem competições? O resultado foi positivo ou, vendo agora, poderia ter voltado antes?
Ficamos praticamente de março de 2020 a agosto de 2021 sem a realização de competições. Retornamos após a imunização em estágio adiantado. Foram 31 eventos neste semestre.
Para 2022, o que espera para a modalidade em MS? O vôlei de praia seguirá como destaque, com Victoria, Talita, Aninha, Arthur, Saymon?
Esperamos conseguir atender as duas modalidades em todas categorias e naipes. Vamos estar presentes nas diversas competições nacionais. Estamos com duas seleções de base na divisão especial e duas na primeira divisão. Temos alguns valores que poderão despontar durante o ano na quadra e também na praia.
Sobre o vôlei de quadra, o quanto é preciso evoluir? Já que o time de Campo Grande que jogou a Superliga C tampouco foi bem nas finais da liga local? Você acha que em 2022 novas equipes poderão surgir ou o alto investimento afasta essa possibilidade?
Para evoluir precisamos da aproximação da iniciativa privada com patrocínio que poderia inibir a imigração dos nossos atletas para outros centros. O apoio dos órgãos públicos é instável, uma hora atende outra não. Acredito que outras equipes poderão surgir para a disputa da Superliga C em nosso Estado.
Para encerrar, acredita que as demais competições, incluindo torneios de base e locais, poderão voltar à normalidade, ou a nova variante gera preocupação?
Acredito que não estamos nos organizando para que 2022 seja muito importante para o voleibol sul-mato-grossense. (Texto: Luciano Shakihama)