‘Nascidos em MS’ voltam do Pan com medalhas

pan judo
Fotos: Buda Mendes/Gaspar Nóbrega/Satiro Sodré

Com ouro, prata, e bronze, quinteto faz parte da melhor campanha do país em edições dos Jogos

A 19ª edição dos Jogos Pan- -Americanos foi encerrada na noite de domingo (5), em Santiago do Chile, com saldo positivo aos atletas nascidos em Mato Grosso do Sul. Com duas medalhas de ouro, três de prata, e uma de bronze, o quinteto contribuiu para campanha histórica brasileira. No total, foram 205 (66 ouros, 73 pratas e 66 bronzes).

No judô, Aléxia Nascimento foi a responsável pelo primeiro ouro do país na modalidade, no Pan 2023. Em sua estreia no principal evento multiesportivo das Américas, a campo- -grandense de 22 anos, atualmente no Pinheiros-SP, foi campeã no peso Ligeiro (até 48 kg). Na decisão, derrotou a mexicana Edna Carrillo Torres, com dois waza-ari na decisão.

Já Rafael “Baby” Silva, criado e radicado fora do Estado, foi bronze no Pesado (+ 100 kg). O campo-grandense de nascimento teve chance de obter o ouro na disputa por equipes. Mas, na final, o judoca de 36 anos foi superado duas vezes por Andy Garcia, de Cuba, uma delas na luta desempate. Deste modo, o Time Brasil ficou com a prata, ao perder a decisão por 4 a 3.

“Eu treinei muito para estar aqui. Queria fazer uma campanha melhor no individual e ter trazido essa medalha de ouro nas equipes, mas é judô. Tem que reconhecer que o adversário foi melhor e que Cuba se portou bem, então estou feliz de ter conseguido entregar meu melhor e agora é treinar e focar nos próximos objetivos”, comentou o também judoca do Pinheiros-SP, ao fim da competição, segundo o site da CBJ.

Na natação, Leonardo de Deus, 32, foi prata nos 200 m borboleta. Ao completar a prova em 1min57s25, ficou atrás do estadunidense Manson Laur (1min56s44). Seu compatriota, Jack Dahlgren (1min57s53), ficou com o bronze.

“Os Jogos Pan-Americanos são histórias muito bonitas na minha carreira. Essa medalha de prata tem um gostinho amargo porque eu procurava fazer história aqui. Minha maior medalha de ouro está na arquibancada, torcendo: meu filho. Espero ter orgulhado minha família e os brasileiros”, disse à “CazéTV”, mais um nascido em Campo Grande e que defende a Unisanta-SP.

Ouro e prata no voleibol 

Nas quadras, entre os homens, o campo-grandense Judson Nunes, 24, que atua no Suzano-SP, conseguiu a medalha de ouro justamente contra os argentinos. Com o meio de rede, a seleção dirigida por Giuliano Ribas impediu o tricampeonato seguido dos adversários: vitória por 3 sets a 0 (25/23, 25/13 e 25/22), na Arena do Parque O’Higgins, sábado (4), já na parte final do Pan.

Entre as mulheres, Lorena Viezel, 24, foi eleita a segunda melhor central do torneio. Com equipe alternativa – as titulares ganharam folga da competição após o Pré-Olímpico – a seleção feminina terminou com o vice-campeonato.

A República Dominicana veio com força máxima e confirmou o favoritismo. Garantidas em Paris 2024, como o Brasil, a equipe comandada pelo paulista Marcos Kwiek derrotou o elenco dirigido por Paulo Coco por 3 sets a 0 (26/ 24, 25/16. e 25/19).

“Fiquei feliz, meu primeiro prêmio individual com a camisa da seleção. Estava muito contente com meu jogo, consegui desenvolver muita coisa legal durante esse ano e coloquei em prática. Foi uma construção muito legal”, disse Lorena, nascida em Ponta Porã. “Conseguimos fazer muita coisa com o que tínhamos em mãos. Chegamos em uma final. Queria mais, podia mais, mas graças a Deus chegamos aqui (na medalha)”, acrescenta a atleta do Praia Clube-MG e uma das que já possuem passagens pela seleção principal, dirigida por José Roberto Guimarães.

Por – Luciano Shakihama.

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