MS mira retorno ao cenário nacional na Superliga C

Foto: Thais Lima/Setesc
Foto: Thais Lima/Setesc

Campo Grande recebe jogos do masculino e time feminino joga em Sorriso (MT)

 

A Superliga C de Vôlei começa neste domingo (3), com a promessa de recolocar Mato Grosso do Sul no radar do voleibol nacional. Campo Grande será uma das sedes da oitava edição do torneio, e o Estado terá dois representantes na disputa por uma das quatro vagas na Superliga B 2026.

No masculino, o Pantanal Vôlei, time da AECGV (Associação Esportiva Campo Grande Vôlei), estreia em casa, no Ginásio Guanandizão, com elenco reforçado e ambição de fazer história. Já a equipe feminina disputa a etapa regional em Sorriso (MT), também de olho na classificação.

Ao todo, 82 clubes de 24 estados participam da competição (apenas Tocantins, Paraíba e Amapá ficaram de fora), divididos em 12 sedes regionais. A etapa sul-mato-grossense vai até 7 de agosto, com entrada gratuita para o público. Em Campo Grande, o grupo A tem, além dos donos da casa, o Instituto Ace (GO) e Minas Brasília (DF). Já o grupo B reúne Luverdense Vôlei, Evox Vôlei e Clube Floresta (MT), além do Promais Vôlei (GO).

Os dois primeiros jogos do Pantanal Vôlei estão marcados para domingo (3) e terça-feira (5), às 19h. A semifinal será na quarta e a final, na quinta-feira (7). Apenas o campeão do regional avança à fase nacional, que garante o acesso à Superliga B.

Criado há pouco mais de um mês, o Pantanal Vôlei reúne atletas com passagens por clubes tradicionais e experiência nacional. O técnico Alessandro Fadul acredita no grupo. “É uma equipe jovem, mas experiente. Jogar em casa, com apoio da torcida, é uma vantagem. Temos um único plano: conquistar a vaga”, diz.

O projeto é fruto da parceria entre a AECGV, Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de MS) e a FVMS (Federação de Voleibol de MS). “O Estado já participou da competição com outras formações, como a Escolinha do Pezão. Agora, com o Pantanal Vôlei, o planejamento é mais robusto”, diz o diretor-presidente da Fundesporte, Paulo Ricardo Nunes. Segundo ele, ao todo, 12 atletas são do Estado e 10 vieram de fora.

Capitão do time, o ponteiro catarinense Eduardo D’Agostini, o Dago, chegou recentemente a Campo Grande. Aos 22 anos, atuou por Joinville, Pindamonhangaba e Apan Vôlei. “A experiência vai aparecer nos momentos difíceis. O grupo é comprometido e quer representar bem o Estado.”

Superliga movimenta a cidade e projeta novos talentos

Além da meta esportiva, o torneio tem impacto econômico e simbólico. “É uma chance de fomentar o voleibol e proporcionar um espetáculo para quem ama o esporte. Esperamos grande público no Guanandizão”, afirma Gabriel Braite, presidente da federação. Ele destaca que a presença de clubes locais em campeonatos de alto nível inspira jovens atletas. “Nosso objetivo é transformar o Estado em celeiro de talentos novamente.”

Domingos Sávio, coordenador regional da Superliga, reforça a importância do evento. “Todos os jogos serão às 19h, com entrada gratuita. É uma oportunidade de levar a família, prestigiar o esporte e ver jogos de alto nível. Campo Grande faz parte de um movimento nacional, com outras 11 sedes.”

No feminino, equipe joga em Sorriso (MT)

Enquanto o masculino joga em casa, o time feminino do Pantanal Vôlei disputa a fase regional em Sorriso (MT). O técnico João Vitor Nascimento explica que a equipe mescla atletas da base com reforços nacionais. “Trouxemos seis jogadoras experientes e mantivemos oito formadas aqui. A estreia é no domingo (3), às 21h30, contra o time da casa.”

Capitã da equipe, Giulia Alcântara, de 23 anos, está no clube há três temporadas e tem boas expectativas. “Já tivemos bons resultados, mas este ano o time está mais forte. O entrosamento vem com os treinos e vamos dar o nosso melhor.”

João Vitor lembra que, nos últimos anos, a equipe jogou a Superliga C apenas com atletas locais. “Batemos na trave com um vice-campeonato. Agora, o investimento é maior e o objetivo é claro: subir.”

Base como alicerce

Samir Ismail Dalleh, presidente do CG Vôlei e técnico das categorias de base, lembra que o trabalho começou antes da Superliga. “A preparação já vinha sendo feita, mas os reforços chegaram há cerca de um mês. A Superliga C é o ponto de partida para quem quer chegar na elite.”

A expectativa é que o desempenho das equipes de MS ajude a consolidar projetos duradouros. “O governo tem apoiado, mas precisamos da iniciativa privada. Quanto mais visibilidade, mais portas se abrem para clubes, atletas e para o vôlei do Estado”, conclui Paulo Ricardo.

Por Mellissa Ramos

 

Confira as redes sociais do Estado Online no Facebook Instagram

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *