MS cai duas posições e fecha ano em 5º no ranking

No individual, tem atletas do Estado entre as melhores

O judô de Mato Grosso caiu duas posições no ranking da CBJ (Confederação Brasileira de Judô), divulgado na terça-feira (17). Em 2018 a modalidade considerada como uma das mais fortes do Estado se manteve no pódio com o 3º lugar, mas em 2019 desceu dois degraus e ficou em 5º, com o total de 160 medalhas, sendo 35 de ouro, 45 de prata e 80 bronzes.

Em entrevista ao jornal O Estado, o presidente da FJMS (Federação de Judô de Mato Grosso do Sul), José Ovídio da Silva, afirma que a queda faz parte de um ciclo. “O judo nacional é muito forte e todos os estados passam por renovação de atletas, então há uma alternância. Em 2017 não estávamos entre os três melhores, mas ano passado subimos. Então é cíclico”, justifica.

A reportagem procurou o ex-presidente César Paschoal, que esteve a frente da entidade por oito anos. Ele conta que durante esse tempo a entidade se manteve entre os cinco primeiros e que a posição deste ano foi uma continuidade do trabalho. “Isso não é um demérito, pelo contrário. São 27 estados, então ficar em quinto lugar é uma coisa boa”, fala.

Em 2018, Mato Grosso do Sul liderou o Campeonato Centro-Oeste da modalidade com os resultados femininos. Foram 24 ouros, 16 pratas e 14 bronzes. Neste ano, o Distrito Federal venceu o Regional e trocou sua posição no ranking com os sul-mato-grossenses. Para Paschoal, se o Estado tivesse mantido o título, ainda estaria em 3º lugar.

Quem também passou Mato Grosso do Sul foi Minas Gerais, localizado na 4ª colocação. Os mineiros subiram quatro posições em relação a 2018, e encerraram o ano com 128 condecorações. Eles se destacaram na campanha no Brasileiro Sênior, com 14 conquistas. São Paulo e Rio de Janeiro mantiveram a dinastia. Os paulistas finalizaram o ano com 458 medalhas, seguidos dos cariocas, com 270.

Clubes no topo da lista nacional contam com judocas sul-mato-grossenses 

Uma lista com o ranking por clubes também faz parte da retrospectiva da CBJ. A contagem computa todas as medalhas conquistadas nas competições nacionais organizadas da entidade, do Sub-18 ao Sênior. Nenhum clube local entrou para o ranking, que teve o Instituto Reação (RJ), o Minas Tênis Clube (MG) e o Esporte Clube Pinheiros nas três primeiras posições, respectivamente.

Por coincidência, Mato Grosso do Sul ‘exportou’ jovens talentos os três clubes citados. Larissa Farias, de Ladário, a 412 km da Capital, saiu daqui para integrar e equipe do Instituto Reação. Layana Colman, de Campo Grande, está há três anos no Minas Tênis. Camila Ponce e Vitória Siqueira estão no Pinheiros.

“Infelizmente temos atletas que têm resultados e fazem essa pontuação ser levada para outros Estados. Eu costumo dizer nas minhas palestras que somos colocadores de pena nas asas desses atletas que vão voar, porque nosso trabalho na base é muito bem feito. E uma edificação só pode se sustentar quando a base tiver boa”, finaliza Ovídio.

(Texto: Danielle Mugarte)

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